Mulheres
grávidas que continuam fumando durante o período
de gestação reduzem a fertilidade de seu bebê,
caso ele seja menino, já que com o hábito afetam
um gene fundamental relacionado com a capacidade reprodutiva,
de acordo com pesquisa conduzida por especialistas da Universidade
de Aberdeen, na Escócia.
Na literatura científica já havia registros
de que as substâncias presentes no fumo afetavam a futura
fertilidade dos fetos. Mas os pesquisadores desconheciam ainda
o motivo.
Agora, especialistas encontraram nos filhos de mães
fumantes reduções significativas nos níveis
de um gene, o DHH. Ele desempenha um papel crucial no desenvolvimento
dos testículos, já que libera a molécula
do mesmo nome (DHH).
A substância, por sua vez, controla o crescimento do
órgão reprodutor masculino. Isso tem conseqüências
para a fertilidade dos homens.
Segundo o relatório publicado pela revista científica
Clinical Endocrinology and Metabolism, os testículos
pequenos estão vinculados a um baixo nível de
esperma. Para chegar a essa conclusão, os especialistas
examinaram 22 fetos humanos de 11 a 19 semanas de gestação
e observaram os níveis de 30 genes importantes para
o desenvolvimento dos testículos. Eles não acharam
nenhuma mudança significativa, a não ser no
caso do DHH.
Os fetos das grávidas que tinham fumado dez ou mais
cigarros por dia tinham quase a metade dos níveis de
DHH que os das que não tinham fumado.
“É a primeira vez que, numa pesquisa, o gene
DHH foi vinculado ao hábito de fumar da mãe
e aos problemas de fertilidade”, disse o pesquisador
Paul Fowler.
Ele ressaltou, no entanto, que o estudo ainda era “preliminar”,
mas que fornecia fortes indicativos para “futuros trabalhos
que precisam ser feitos na área”.
EFE
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