Marina
Rosenfeld
Karina Costa ( colaboração)
especial para o GD
Uma criação de suínos, em São
Paulo, está conseguindo tirar o máximo de proveito
de sua vara. Tudo é reaproveitado e uma novidade está
chamando a atenção: a produção
de biodiesel a partir da banha de porco.
Numa fazenda em Caconde toda a energia usada é produzida
no próprio local. Com os dejetos dos animais, é
feito biofertilizante para a lavoura de café e biogás,
que supre 50% da energia elétrica da propriedade. Já
a banha não aproveitada na linha de torresmo vira combustível
para tratores e veículos, que há oito meses
só usam biodiesel. E a glicerina, subproduto desse
biodiesel de origem animal, transforma-se em sabão
para lavar máquinas, instalações e veículos.
A água suja, que antes ia para a nascente, agora vai
por canos até os biodigestores, onde os dejetos são
transformados em gás metano e biofertilizante. Por
dia são jogados 12 litros de biofertilizantes nos 75
hectares de café e 90 de milho. Com isso, a economia
de adubo na propriedade chega a 50%.
“Todo o trabalho é baseado no tripé de
ser sustentável ambientalmente, olhar os trinta funcionários
de carteira assinada sob o foco na responsabilidade social
e, é claro, ser economicamente viável”,
aponta João Paulo Muniz, responsável pelas inovações.
|