Marina Rosenfeld
especial para o GD
Cerca de 140 a 160 mil brasileiros com curso superior deixam
o país todo ano em busca de melhores oportunidades
profissionais no exterior. Isso é o que revela o estudo
Desemprego Estrutural no Brasil e Anomalia da Fuga de Cérebros,
do economista Marcio Pochmann, da Unicamp.
A pesquisa trata do fenômeno Fuga de Cérebros,
termo usado para se referir à mão-de-obra que
emigra em busca de trabalho fora do país. “Essa
fuga é uma anomalia porque estamos nos transformando
em exportadores de profissionais qualificados. Estamos no
sentido inverso do mundo”, diz Pochmann.
De acordo com o professor, na última década
tem havido uma mudança na composição
do desemprego. Apesar da taxa estar estabilizada em 9% desde
98, o quadro atual revela uma redução no desemprego
para pessoas com menor escolaridade e um aumento para profissionais
com melhor formação. “Há emprego,
mas de baixa qualidade”, comenta o pesquisador ao dizer
que a maior parte dos profissionais brasileiros encontra refúgio
no Japão, Estados Unidos e Europa.
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