Cientistas
israelenses criaram um "nariz artificial" parecido
com um telefone celular que permitirá descobrir em
30 segundos, por meio da respiração e do cheiro,
tumores cancerosos e onde estariam localizados no organismo
através de um sensor do tamanho da cabeça de
um alfinete.
Segundo a edição de hoje (26/09) do jornal
"Yedioth Ahronoth", uma equipe de 17 pesquisadores
do Politécnico da cidade de Haifa (Technion) desenvolve
o novo dispositivo, que poderia começar a ser usado
dentro de dois anos.
O projeto, testado com sucesso em pessoas durante sua fase
experimental de laboratório, está sendo patenteado
e conta com a ajuda de 1,7 milhão de euros do Fundo
de Pesquisas da União Européia (UE).
A atuação do "nariz que cheira o câncer"
é simples: o paciente deve respirar em uma espécie
de canudo ligado ao dispositivo que contém um sensor
e uma tela e 30 segundos depois poderá saber o resultado
do exame.
Segundo o médico, isto evitará no futuro exames
como as biópsias e radiografias para detectar o câncer.
Na próxima semana, terá início em todo
o Estado judeu uma primeira pesquisa em colaboração
com o Departamento de Oncologia do Centro Médico Rambam
(Maimônides) de Haifa, na qual o sensor será
testado em centenas de pessoas que sofrem de câncer
e em indivíduos saudáveis.
Os cientistas israelenses disseram que os métodos
atuais só conseguem detectar a doença quando
o tumor canceroso já está em via de desenvolvimento
ou desenvolvido, "mas isso pode ser mudado".
"Se for possível detectar o câncer a partir
das primeiras células modificadas, o percentual de
pessoas que podem sobreviver poderá aumentar até
90%", afirmou o médico Husan Jaiek, que lidera
a equipe.
Jaiek acredita que a pesquisa deve estar concluída
em cinco anos.
O jornal lembra que há alguns anos cientistas de diversos
países descobriram que os cachorros podem detectar
a doença cheirando a respiração dos seres
humanos, mas acredita-se que a nova invenção
será muito mais precisa e eficaz que o olfato canino.
Da Efe
Em Jerusalém
Publicado pelo Portal UOL.
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