Mariana
Gallo
especial para o GD
Durante cinco dias,
estudantes do ensino médio de todo o país atuarão como deputados
na Câmara Federal. É a segunda sessão do Parlamento Jovem,
programada para o período de 21 a 25 de novembro, que tem
o objetivo de mostrar para o jovem a importância da atividade
parlamentar e estimular a atuação dos cidadãos na Casa.
"A idéia é proporcionar aos jovens a vivência da atividade
parlamentar e mostrar a importância do exercício da cidadania",
diz a coordenadora do grupo de trabalho do Parlamento Jovem,
Silvia Mergulhão.
Ao longo daquela semana, os estudantes farão tudo que um deputado
faz: vão elaborar projetos de lei, discuti-los nas respectivas
comissões e levá-los para aprovação em plenário. Os assuntos
também serão tão variados quanto os que são tratados pelo
Legislativo: educação, cultura, esporte, agricultura, meio
ambiente, política externa, etc.
"Muitos estudantes chegam aqui com a intenção de discutir
assuntos voltados para seus estados ou cidades e, no decorrer
da semana, eles percebem que vão aprovar coisas para o país
inteiro", relata a coordenadora o que aconteceu no ano passado
quando foi implementada a proposta do deputado Lebb Neto (PSDB
- SP).
Para que tudo aconteça conforme o que ocorre realmente na
Câmara dos Deputados, os jovens também vão eleger um presidente
para a Casa, além dos integrantes da Mesa e do Colégio de
Líderes. Os 78 estudantes, de escolas públicas e particulares
de todo o Brasil, também serão divididos por estados e por
partidos de forma proporcional às respectivas bancadas existentes
na Câmara.
"A idéia é que eles se transformem em divulgadores do papel
da Câmara dos Deputados", revela a coordenadora do projeto
contando que muitos dos que participaram do Parlamento Jovem
no ano passado voltaram para casa dizendo que entrariam para
a vida pública.
"O ideal mesmo é que o Parlamento Jovem seja escolhido por
eleição direta, mas ainda não encontramos uma forma de fazer
isto", lamenta.
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