Marina
Rosenfeld
especial para o GD
O crescente movimento de brasileiros que vão trabalhar
em outros países ou então de estrangeiros que
se mudam para o Brasil tem feito com que as escolas de idiomas
também se adaptem a esse novo contexto empresarial.
É cada vez mais comum que as escolas deixem de se preocupar
só com o ensino de línguas e passem a dar cursos
com foco cultural para expatriados.
Esse é o caso da Berlitz que oferece um curso de comunicação
cultural para os profissionais e suas famílias que
vivem e trabalham em países estrangeiros. “Em
função do grande número de expatriação
é comum que as pessoas precisem de ajuda. Antes delas
assinarem um papel e fecharem um negócio, precisam
entender os aspectos culturais e criar vínculos de
confiança”, diz o diretor de relações
corporativas Arthur Bezerra.
De acordo com ele, um brasileiro que vai presidir uma empresa
no México, por exemplo, precisa conhecer muito bem
a cultura do país em que irá trabalhar, caso
contrário, o negócio será um fracasso.
Não é para menos que a Berlitz dá aulas
sobre como gerenciar equipes multiétnicas, como desenvolver
etiqueta em determinado país e como fazer negócio
na China e Índia, entre outros países. Todas
as aulas são dadas por antropólogos e sociólogos
que têm conhecimento e experiência em questões
sobre socialização, identidade e valores. “Também
trazemos para os cursos pessoas nativas do país para
o qual o expatriado está indo para que orientações
práticas possam ser dadas”, comenta Bezerra.
“O objetivo é que as pessoas entendam as relações
de poder, tempo e até mesmo a relação
entre os sexos masculino e feminino num determinado país.
Precisam conhecer sobre coisas básicas de um lugar,
como o que é uma empregada doméstica e um ‘flanelinha’
no Brasil”, afirma o diretor.
Para Bezerra, hoje em dia não é mais aceitável
que um profissional viaje ou negocie de forma amadora. Ele
precisa ir preparado para se fazer entender tanto do ponto
de vista lingüístico quanto do ponto de vista
cultural.
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