João Batista Jr.
Desde o começo de 2006, o sistema educacional de Denver,
capital do estado do Colorado, nos Estados Unidos, mudou sua
atuação em relação aos professores:
aqueles que apresentem um bom desempenho, elevando a qualidade
de ensino e usando métodos mais atrativos, podem receber
benefícios reais aumentando suas médias de salário.
A idéia de que os melhores professores devem ser recompensados
com melhores salários pelo bom trabalho que desenvolvem
gera controvérsia. Isso porque o sistema, chamado de
ProComp (Professional Compensation System for Teachers), não
permite que o novo professor da rede pública possa
escolher o método tradicional de pagamento; já
os professores mais antigos podem optar por um salário
fixo ou pela chance de melhorar sua atuação
para receber uma melhor remuneração –
desses docentes, 30% já escolheram o método
do ProComp.
O ProComp foi elaborado para incentivar os bons professores
a ficar na rede pública. Como as escolas privadas pagam
melhores salários, os criadores do projeto fazem testes
de cunho mais amplo (testes de conhecimento geral em história
e matemática, de clareza das aulas, de pontualidade)
e específico (melhora do nível dos alunos) para
avaliar o professor.
Dessa forma, a mensuração do trabalho dos professores
é restrita não apenas aos resultados das provas
do alunos mas também ao empenho que o docente teve
em ensinar – com o uso de recursos que vão além
do método tradicional que requer apenas a lousa como
ferramenta de trabalho.
A lógica adotada em Denver não é nova,
pelo menos no mundo dos negócios. Assim como as grandes
empresas fazem com os executivos ao dar gratificações
quando estes cumprem metas preestabelecidas de lucratividade,
o ProComp vai beneficiar os professores que elevarem o nível
de ensino das escolas.
Veja
a explicação do método de Denver (áudio
em inglês).
Áudio
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