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Apoio
pedagógico, reforço escolar, leitura, aulas de dança, música,
teatro, artes plásticas, cinema, natação, gincanas, desafios
e jogos esportivos. É assim que as crianças de classe média
ocupam grande parte do tempo em que não estão na escola. A
partir de agora, os alunos da rede pública municipal também
poderão passar suas manhãs e tardes no novo projeto de educação
integral da Prefeitura.
O programa "São Paulo é uma Escola já beneficia cerca de 25
mil alunos da rede municipal, entre Centros Educacionais Unificados
(CEUs) e escolas de ensino fundamental do Centro. O programa
- desenvolvido por meio de oficinas pedagógico-culturais coordenadas
por profissionais de Educação, Cultura e Esporte - busca ampliar
e enriquecer os espaços educacionais e o tempo de aprendizado
para obtenção de melhores resultados dos alunos da rede pública.
Para o prefeito José Serra o destaque do "São Paulo é uma
Escola" está no reforço escolar oferecido aos alunos com dificuldades
de aprendizado, pois vem "suprir a falha do sistema de progressão
continuada", mecanismo pelo qual o aluno não é reprovado.
"O importante do pós-escola é o acompanhamento da correção
dos problemas de aprendizado", afirmou Serra.
Dados da Secretaria Municipal de Educação apontam que 30%
dos alunos do 3º ciclo do ensino fundamental não estão alfabetizados.
De acordo com o secretário da pasta, José Aristodemo Pinotti,
o novo programa vem se somar a uma série de ações e projetos
- como formação continuada, projetos especiais e diminuição
dos turnos escolares - para concretizar o objetivo final desta
Administração, que é o de dotar o ensino público municipal
de qualidade, em contraposição às estatísticas atuais. "É
fundamental que essas crianças e jovens sejam expostos mais
tempo ao processo de ensino-aprendizagem. A educação de que
precisamos é aquela que ofereça um pouco mais de escola para
quem tem menos em casa, de forma que todos tenham a mesma
oportunidade", explicou Pinotti.
Nos 21 CEUs da cidade, o programa de pós-escola ganha o nome
de "Educação Integral", e vem sendo realizado em caráter experimental
desde o dia 9 de maio. As orquestras de cordas dos CEUs Butantã
e Cidade Dutra, que se apresentaram hoje no teatro da unidade
visitada, são um exemplo de curso oferecido em alguns centros
educacionais. "Essa orquestra mostra para nós o papel que
a música e a arte têm na melhoria da auto-estima e da auto-confiança
de crianças e jovens", comentou o prefeito.
O apoio pedagógico é outro tipo de atividade, que, no caso
do CEU Butantã, é desenvolvido diariamente em dois horários:
das 11h às 12h30 para os alunos que têm aulas regulares de
manhã, e das 17h às 18h30 para os alunos da tarde. No caso
dos que não apresentam defasagem de aprendizado, esse tempo
é utilizado para a produção da lição de casa, para o desenvolvimento
da leitura e da escrita, e para orientação pedagógica - de
como estudar melhor, como pesquisar etc.
Apesar de a adesão ao programa ser voluntária, a Secretaria
Municipal de Educação espera que até o final de 2008 todos
os alunos da rede municipal estejam inseridos em algum tipo
de atividade de pós-escola. Durante seu discurso, o prefeito
José Serra aproveitou para incentivar a adesão. "Esperamos
que os pais estimulem as crianças a participarem e que as
crianças peçam aos pais para virem", disse.
A previsão é de que até o final deste ano o número de alunos
beneficiados pelo programa chegue à 100 mil. Além do Tempo
Integral nos CEUs e do projeto pós-escola nas 18 escolas da
região central (desde 16 de maio), outras vertentes do "São
Paulo é uma Escola" serão implantadas nos próximos meses.
Em julho, começarão as atividades de pós-escola no Sambódromo,
para alunos de escolas da Zona Norte próximas ao equipamento,
e nos clubes da cidade (antigos balneários públicos), para
estudantes de escolas vizinhas a esses locais. Para as demais
unidades escolares, o início do programa está agendado para
agosto.
Segundo o secretário municipal de Educação, experiências embrionárias
de pós-escola são desenvolvidas em aproximadamente 20% do
universo das escolas da Prefeitura que não os CEUs, graças
à iniciativa de diretores, professores e coordenadores de
Educação. A informação surpreendeu o secretário positivamente
e reforçou sua crença na possibilidade da "universalidade"
do programa dentro do município.
A cidade de São Paulo possui 204 CDMs, 44 Clubes da Cidade,
além de museus, cinemas, teatros e parques. Estes espaços
estão subtilizados, especialmente pelos alunos. "Não é justo
que São Paulo tenha tantas oportunidades culturais e que as
crianças das nossas escolas não aproveitem essas oportunidades",
destacou Pinotti.
"Estamos inaugurando uma nova etapa no ensino oferecido em
São Paulo, que significa a sinalização de um futuro melhor
para nossos jovens, porque eles são o nosso futuro", concluiu
o prefeito José Serra ao fim da cerimônia de lançamento do
"São Paulo é uma Escola".
As informações
são da Secretaria de Comunicação do Estado
de São Paulo.
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