Erika Vieira
“O prefeito Gilberto Kassab
lançou o programa Cidade Limpa, nós também
queremos a cidade limpa do sangue dos motociclistas”,
declarou Roberto Scaringella, presidente da CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego) ao abrir a cerimônia
de entrega de certificação do Selo Trânsito
Seguro.
Seis
empresas de motofrete receberam ontem o certificado por
comprovarem a adoção de medidas de segurança
a seus funcionários. “Essas seis empresas é
um bom indicativo. O esperado é que elas terão
sucesso e nada convence mais do que o sucesso. O sucesso é
um bom exemplo como estimulante”, fala Frederico Bussinger,
Secretario de Transportes.
A proposta é que as instituições
públicas e privadas apenas contratem serviços
de motofrete que possuem o selo. Já apóiam a
iniciativa grandes federações como Instituto
Ethos, Fundação Carlos Chagas, FECOMERCIO, FEBRABAN
e Fundação Vanzolini. Além das empresas
Unilever, American Life Seguros, Roland Berger Consultoria,
Custom Comércio e Importações e ZMG Corretora
de Seguros.
Também há adesão
da Abram (Associação Brasileira de Motociclistas),
Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes
de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares),
Setcesp (Sindicato das empresas de transportes de cargas de
São Paulo e região) e a Federação
de Motoclubes de São Paulo que incentivarão
a disseminação do selo entre os associados.
Outra categoria que pretende implantar
as normas de segurança dentro do quadro de funcionários
é a AmBev (Companhia de Bebidas das Américas)
e a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,
que possuem uma frota própria de motociclistas.
A criação do selo decorreu
do alto número de acidentes com motoqueiros na cidade
de São Paulo. Diariamente 25 são acidentados
e um morre, segundo dados do Hospital das Clínicas.
“Sabemos que esse selo não vai resolver todos
os problemas, mas é uma resposta a todos esses índices”,
diz Scaringella. “O selo é apenas uma parte,
não adiante se os contratantes não respeitar”,
ressaltou Bussinger.
A entrega do selo marca um processo
de fiscalização educativa da atividade de motofrete.
As punições para as empresas possuidoras do
selo que não conseguirem cumprir as determinações
de segurança (oferecer seguro de vida, convênio
de saúde, convênio de revisão mecânica
das motos, auxílio extra por afastamento em caso de
acidentes, treinamento específico para motociclistas,
equipamentos de proteção, etc) não será
com multas, mas sim em auxílio de educação
para corrigirem as falhas.
”Há médio
e longo prazo esse programa não será apenas
um selo, mas um processo econômico que gerará
benefício econômico. Vamos transformar o selo
em um bem desejável a todos”, acredita um dos
criadores do programa, Eduardo Biavati, assessor da diretoria
da CET.
Veja
como ganhar o selo.
Veja
as empresas que aderem ao Selo Trânsito Seguro
Nós
matamos motoqueiros
Cidade limpa?
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