da
Redação
A central de despoluição
do Rio Pinheiros nunca funcionou por falta de recursos para
realizar testes que demonstrem qual o melhor método
a ser utilizado na recuperação da água.
Há três anos a usina foi construída em
parceria da Petrobrás com o Governo do Estado. Em declaração
exclusiva ao Mais São Paulo a Petrobrás
alega que sua responsabilidade era apenas com a elaboração
da central, e todos os gastos posteriores a isso devem ser
arcados pelo poder público.
Enquanto isso, o Governador, Cláudio Lembo, declarou
que o equipamento está enferrujando, o que dificulta
o início do funcionamento para o próximo ano.
Assim, os 80 milhões de reais investidos na central
de despoluição permanecem desperdiçados.
O projeto foi feito desde a gestão do ex-governador
Mário Covas. O original previa tratamento do rio pelo
método de flotagem (remoção de resíduos
sólidos em suspensão), a água seria lançada
na Represa Billings, contribuindo também para a geração
de energia elétrica através da Usina Henry Borden.
Por um embargo do Ministério Público, no entanto,
a central nunca foi colocada em uso.
Quando a central estava preste a iniciar seu projeto piloto,
de 10 m³ de água por segundo - já com autorização
da Secretaria do Verde e do Meio-Ambiente -, o Ministério
Público entrou com uma ação pedindo a
suspensão dos testes. A estrutura foi planejada para
flotar 50 m³ por segundo. A argumentação,
validada inclusive por entidades do terceiro setor, é
de que o método escolhido não funcionaria para
a despoluição e de que haveria impactos negativos
para o meio-ambiente. Uma saga judicial então foi iniciada.
O Ministério Público ganhou a ação.
80
milhões de reais bóiam no Rio Pinheiros
Governo
do estado anuncia que dará continuidade às ações
de despoluição do Rio Pinheiros
São Paulo
desperdiça 80 milhões de reais com central de
flotagem parada
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