Cerimônia
hoje marca a passagem de posse do Parque do Povo para a Prefeitura
de São Paulo, que a partir de agora poderá acelerar
o processo, iniciado nessa gestão, de transformação
da área ocupada ilegalmente há anos em um espaço
de lazer para a população.
Após quase dois anos de negociações,
a partir desta sexta-feira (25), a Prefeitura de São
Paulo passa a administrar, por 20 anos, um terreno de 111
mil m2, no Itaim Bibi, que passará a ser o Parque do
Povo. A área pertencia à Caixa Econômica
Federal e ao Ministério da Previdência, que não
a utilizava e por isso tinha sido invadida. Desde 1985, o
local vinha sendo explorado comercialmente por alguns poucos
clubes que cobravam da população o uso dos campos
de futebol e mantinham bares e estacionamentos no local.
Com a posse, ficará mais fácil para a Prefeitura
continuar e acelerar o processo de transformação
do Parque do Povo em um dos principais espaços de convivência
da capital, onde a população possa realizar
atividades esportivas e de lazer gratuitamente. O local deverá
contar ainda com playground e pistas para corridas, caminhadas
e bicicletas. "O nosso objetivo é devolver o Parque
do Povo ao cidadão paulistano, que até hoje
era refém de um pequeno grupo de privilegiados e oportunistas,
que vinha utilizando um dos espaços mais nobres de
São Paulo em benefício próprio",
afirma o secretário de Coordenação das
Subprefeituras, Andrea Matarazzo.
Durante a cerimônia de assinatura do termo de concessão
de direitos de superfície do Parque do Povo à
Prefeitura, será a apresentado o projeto do novo parque,
desenvolvido pelo escritório de arquitetura Aflalo
& Gasperini. O documento será assinado pelo prefeito
de São Paulo, Gilberto Kassab, o ministro das Cidades,
Márcio Fortes, e o ministro da Previdência, Nelson
Machado. Também participam do evento o secretário
de Coordenação das Subprefeituras e Subprefeito
da Sé, Andrea Matarazzo, e o secretário da Habitação,
Orlando de Almeida Filho, entre outras autoridades.
Sobre o Parque
O Parque do Povo tem mais de 111 mil m2. Desde 1985, 11 clubes,
apropriando-se ilegalmente do espaço, passaram a explorar
comercialmente bares e estacionamento e a cobrar da população
pelo uso dos campos de São Paulo). Em 1996, um acordo
passou à Prefeitura o direito de administrar o local
para transformá-lo num parque, mas as gestões
anteriores pouco ou nada fizeram para que o acordo saísse
do papel, e os clubes continuaram a usufruir o espaço
público em proveito próprio.
Em janeiro de 2006, após uma série de ações
na região, a Prefeitura conseguiu interditar todas
as atividades comerciais que eram desenvolvidas no parque.
Na seqüência, foram derrubados os muros, as cercas
e os alambrados que dividem a área interna do Parque
do Povo, durante a operação chamada de "Abre-Alas".
Esse foi o primeiro passo para iniciar o processo de devolução
do espaço público à sociedade. Em fevereiro,
o "Abraço no Parque" reuniu a população
para o plantio de 75 mudas de árvores, entre paineiras
e ipês brancos, roxos e amarelos. O
evento marcou o início da rearborização
do parque, que teve dezenas de
árvores arrancadas e mortas durante as últimas
décadas - o que caracterizou crime ambiental. Atualmente,
em todas as áreas onde não há pendências
judiciais estão sendo removidas as edificações.
Os campos de futebol, por exemplo, estão sendo aterrados.
As 93 famílias que construíram barracos no parque
foram cadastradas pela Secretaria de Habitação,
com vistas à desocupação do local. Dos
estabelecimentos comerciais, o único que fica no parque
é o Teatro Vento Forte, que fechou parceria com a Secretaria
Municipal de Cultura e oferecerá atividades culturais
para a população. Por seu importante trabalho
cultural e educacional, o circo-escola que por muitos anos
funcionou no parque recebeu uma área temporária
para continuar exercendo suas atividades na região
da Subprefeitura do Butantã, até que encontre
um lugar definitivo para funcionar.
As informações são da Prefeitura de São
Paulo.
Governo Federal
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Parque do
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