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Amanhã será aberto o shopping Cidade Jardim.
O empreendimento, voltado para consumidores de alto poder
aquisitivo, encontra na cidade de São Paulo estrutura
adequada para atender esse público.
Cada vez mais a capital se aperfeiçoa
para lidar com clientes da classe AA, oferecendo serviços
sofisticados e de qualidade.Um exemplo é a criação
do curso de MBA Gestão de Luxo da Faap (Fundação
Armando Álvares Penteado).
Leia mais sobre o shopping e sobre o curso:
SP ganha
6 grifes internacionais
Hermès e Furla são algumas das marcas que
abrem a primeira loja no Shopping Cidade Jardim
Seis grifes internacionais de luxo
inauguram suas primeiras lojas brasileiras em São Paulo,
no Shopping Cidade Jardim - que depois dos atrasos nas obras,
finalmente, abre amanhã para o público na Marginal
do Pinheiros, zona sul. Duas delas são de bolsas, a
italiana Furla e a francesa Longchamp. E, antes mesmo de elas
oficialmente começarem a vender, já havia uma
fila de espera para os produtos.
Uma das grifes que causam furor entre
as paulistanas é a tradicional Longchamp, famosa principalmente
por causa da Le Pliage, bolsa ícone da marca. Sucesso
também entre as elegantes e práticas parisienses,
ela é de náilon e vira uma microcarteira, quando
dobrada. Quem viaja com freqüência já a
viu, certamente, no Duty Free dos aeroportos -até então
ela não era vendida no Brasil.
Este ano, a grife completa 60 anos
e entre as ações que fazem parte das comemorações
está a abertura da loja brasileira. "Com a de
São Paulo consolidamos a presença da marca em
96 países. E será a mais importante flagship
store da marca na América Latina, com cerca de 300
produtos à venda", diz Stephane Beraud, diretor
internacional da grife.
Bolsas, malas, pastas, luvas, cintos
e guarda-chuvas estão entre os artigos. A grande estrela
da marca é, no entanto, a bolsa Legend (uma combinação
de lona com couro em bege ou preto), a mesma que a top Kate
Moss aparece nas propagandas da grife. Só para esse
modelo há dez paulistanas na fila, ou seja, que reservaram
o artigo com medo de ficar sem ele na hora que a loja abrir.
A bolsa custa R$ 1.266.
A italiana Furla também abriu
uma lista de espera de tantos telefonemas que recebeu de novos
clientes. A marca não chega com grande estoque. E o
objeto de desejo é a bolsa Afrodite, um clássico
da marca. Custa R$ 2.570, de couro liso, no modelo maior.
"Um dos grandes diferenciais da marca é oferecer
três tamanhos (pequeno, médio e grande) de um
mesmo modelo", diz Gabriella Muniz de Menezes, responsável
pelo estilo da marca.
A inauguração da loja
da Hermès é uma das mais aguardadas. Já
houve várias tentativas do mercado nacional em trazer
a loja da marca para o Brasil. Nem mesmo Eliana Tranchesi,
proprietária da Daslu, conseguiu. Agora a Hermès
abre sua primeira loja no Brasil, no Cidade Jardim, sem muito
alarde. "A Hermès é a grife de maior destaque
internacional no mundo do luxo", diz Silvio Passarelli,
diretor do MBA gestão do Luxo, da Fundação
Armando Alvares Penteado (FAAP).
Quem investiu pesado - R$ 2 milhões
- foi a Sony, que montou um espaço com 700 metros quadrados,
divididos em dois andares, projetado por Patrícia Anastassiadis,
arquiteta que tem clientes como o BankBoston. A megaloja vai
mostrar toda a linha eletroeletrônica da marca, de home
theater a celulares. A grande atração, o PlayStation
3, ficará em exposição, mas não
estará à venda, para a infelicidade dos marmanjos.
Nos telões, serão transmitidos filmes da Sony
Pictures, outro braço da empresa.
A Rolex e a Montblanc também
abrem lojas conceituais, apresentando uma variedade de artigos
que até então os brasileiros não viam
por aqui.
O Shopping Cidade Jardim abre com
120 das 180 lojas projetadas. Terá cinco pisos, um
deles todo ocupado pela academia Reebok e outro, por um spa.
Uma das grandes novidades, em termos de planejamento de espaço,
é que não terá praça de alimentação,
comum em outros shoppings. Os restaurantes e cafés,
como Nonno Ruggero (da rede Fasano) e Nespresso, respectivamente,
ficam espalhados pelos andares. Detalhe: não haverá
mesas no corredor. E, assim, os consumidores ficam livres
das famigeradas bandejas de plástico.
Valéria França
O Estado de S.Paulo
Luxo em ascensão
João Batista Jr.
Criado em 2004 pela Faap (Fundação
Armando Álvares Penteado), o MBA Gestão de Luxo
é um indicador de um mercado em ebulição.
Pioneiro nas Américas, o curso veio para suprir uma
lacuna. “O consumo de massa está em desuso. As
pessoas querem produtos de qualidade e sofisticados”,
acredita Silvio Passarelli, diretor do curso e da Faculdade
de Artes Plásticas da FAAP. “O comércio
como um todo não estava preparado para oferecer serviços
que cativem os clientes da classe AAA.”
O MBA, que tem um ano de duração,
já formou três turmas – com 25 alunos cada.
“Temos executivos, jornalistas e até dentistas
interessados em conquistar a clientela abonada.” Os
alunos aprendem técnicas de gestão, áreas
e marcas estratégicas para a classe muito rica e cultura
do luxo. “A procura pelo curso não pára
de crescer”, constata Silvio.
Esse crescimento é proporcional
a outro dado em ascensão: o número de brasileiros
milionários. De acordo com o levantamento exclusivo
feito pela Escopo Geomarketing (agência especializada
em informações de vendas) a pedido do Site GD
– Jornalismo Comunitário, existem 34.006 pessoas
na cidade e São Paulo com um rendimento mensal superior
a R$ 50 mil reais.
São essas pessoas os
principais responsáveis pela pujança no setor
de luxo, que concentra 65% de seus serviços na capital
paulistana. No Brasil, o mercado de luxo, em 2006, aumentou
32%, segundo a empresa de pesquisa GfK Indicator. Já
o país teve um crescimento de 3,7% no mesmo período.
De acordo com os dados divulgados neste ano pela revista Forbes,
existem 19 bilionários brasileiros. Todos têm
seus principais negócios concentrados no estado de
São Paulo.
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