Veridiana Novaes
Imagine uma empresa multinacional
entre dois Singapuras e uma favela. Parece surreal? Pois é
o que acontece no Jardim Morumbi, em São Paulo, onde
a empresa de tecnologia da informação Atos Origin
se localiza. E para mudar esse contexto a Atos Origin construiu
um projeto para reverter esse cenário, o qual vai viabilizar
espaços de lazer e restauração das casas
da comunidade.
Segundo o presidente da empresa Mariano Gutierrez o programa
irá viabilizar a harmonização das três
comunidades locais: a favela Peinha, a Atos Origin e os Singapuras.
“Ao melhorarmos as condições de vida das
pessoas ao nosso entorno, vamos resgatar o respeito e o orgulho
deles. É importante frisar que não somos “Papai
Noel”, é um projeto no qual todos vão
colaborar”.
O projeto será realizado em quatro fases. Primeiro
será construído um lugar para reunião,
festas e quadras poliesportivas. O local escolhido é
um terreno abandonado na frente da empresa que serve de depósito
para carros velhos e lixo. A Subprefeitura de Campo Limpo
já deu permissão para as obras começarem.
Na segunda etapa, serão feitas as pinturas das casas
da favela e dos Singapuras. “O objetivo será
melhorar o visual e resgatar a auto - estima dos moradores”,
comenta Gutierrez. Já a terceira fase haverá
uma reforma na parte estrutural da favela, onde colocarão
rede de esgotos e tijolos em casa de madeira.
Por último será feito um centro comunitário
para trabalhos diversos com as pessoas da Peinha e dos Singapuras.
“O nosso espaço é muito restrito para
os 278 jovens que aqui habitam, não tem espaço
para as crianças brincarem. É tudo muito apertado”,
ressalta uma das fundadoras da Associação de
Moradores Penon e moradora da Peinha, a agrônoma Ediléia
Fernandes Silva.
Ediléia enfatiza a necessidade do projeto ser realizado
o mais rápido possível.
Atualmente o projeto está na fase de captação
de recursos, a empresa está procurando empresas da
região para apoiar o projeto. Os funcionários
são incentivados a fazer doações. A cada
um real doado, a empresa dá cinco reais. “Se
unirmos forças, as possibilidades tendem a crescer”,
ressalta a coordenadora do projeto, Luciene Lima.
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