Rodrigo
Zavala
especial para o GD
Não deixa de ser um orgulho para Colégio Técnico
Industrial a série de projetos de conclusão
de curso na área de Informática, desenvolvidos
por seus alunos. Mantida em Bauru pela UNESP desde 1988, a
instituição está sendo efetivamente o
esforço de seus estudantes ser colocado em prática
em algumas empresas e entidades da cidade e região.
Tudo começou com a iniciativa dos professores de propor
aos alunos uma simulação. Eles deveriam pôr
em funcionamento uma empresa, desenvolver sistemas de informação,
um site e promover a divulgação do trabalho.
Algo muito similar ao que se vê sendo realizado com
sucesso há anos pelo Sebrae, com seu Desafio Sebrae.
Mais do que provar a eficiência do aprendizado, a adoção
dos sistemas criados pelos estudantes vai beneficiar a própria
administração do colégio. Isso explica-se
ao se conhecer o Éden Sistema Acadêmico CTI,
um programa desenvolvido para organizar toda a ficha cadastral
dos alunos durante a sua permanência na instituição,
desde a matrícula e avaliações ao histórico
escolar.
Um outro projeto informatizou o sistema de matrículas
do Consórcio Intermunicipal de Promoção
Social, que oferece a 700 jovens carentes cursos e estágios
nas áreas de marcenaria, eletricidade e telemarketing,
entre outras. "Antes era tudo manual, com fichas de papel,
mas agora a atividade pode ser realizada pelo computador com
maior agilidade e precisão", explica Julio Silva,
que desenvolveu o trabalho com Bruno Palma, Daniel Augusto
e Tiago Fávero, todos com 17 anos.
Fora do ambiente escolar, outro grupo de alunos criou um
projeto que será utilizado pelo Sindicato dos Bancários
de Bauru e Região, que possui cerca de 3 mil associados.
Os alunos levantaram, no início do ano passado, as
principais dificuldades entre os funcionários e diretores
de bancos e desenvolveram um site com vários níveis
de acesso.
Um novo sistema de gerenciamento do banco de dados para o
público interno e externo inclui o acompanhamento de
ações trabalhistas e balanço patrimonial,
entre outros serviços. "O trabalho que levaria
cinco horas, por exemplo, agora pode se feito em 30 minutos",
ressalta Diego Silva, de 17 anos, um dos componentes do grupo.
Os alunos do Colégio Técnico também
informatizaram o processo de manipulação, receitas,
estoques e distribuição da Farmácia do
Povo, localizada no município de Iacanga, na região
de Bauru. A entrega dos medicamentos, que demorava em média
de quatro a cinco dias, foi reduzida à metade do tempo.
|