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Keila Baraçal
Respeitável público,
o circo de São Paulo passará a ter memória
própria. A história de mágicas, malabarismos
e palhaçadas ficarão eternizadas e expostas
na região central da cidade, mais especificamente na
Galeria Olido - largo do Paissandu. A partir de maio próximo,
no Centro de Memória do Circo, será possível
encontrar cartas, pautas musicais originais, peças
de circo-teatro, clichês, recortes de jornais, revistas
circenses, microfilmes, fantasias e entrevistas.
“O Centro foi pensado para abrigar
um acervo que está espalhado com famílias que
não têm condições de cuidar dos
objetos. A idéia é deixar a exposição
aberta ao público”, explicou a coordenadora da
Galeria Olido, Clara Lobo.
Além de todos esses requintes
circences, o memorial não será colocado no Paissandu
à toa. Era lá, segundo a coordenadora, que já
em meados do século retrasado, os artistas se reuniam
para trocar idéias. E a história não
pára por aí. Durante das décadas de 50
e 70, havia um Café dos Artistas, localizado ao lado
da galeria. “Esta é a origem histórica
do circo”, disse Clarice.
Beirando as vésperas
da inauguração, o Centro está na fase
de reunir as doações dos circenses. Mas, ainda
assim, quando abrir as portas para a população,
ele ainda não estará completo. Enquanto o grande
momento não acontece, todos os objetos de doações
serão bem vindos.
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