BRASÍLIA - Insatisfeitos
com os salários, os servidores federais ameaçam
entrar em greve. A disposição foi manifestada
em uma assembléia realizada ontem. Segundo os dirigentes
do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições
de Ensino Superior (Andes), a categoria sofreu uma perda salarial
de cerca de 10% no ano passado.
A data do início da paralisação será
decidida na próxima reunião da Coordenação
Nacional de Entidades de Servidores Públicos Federais
(CNESF), marcada para 16 de março. De acordo com uma
das dirigentes da Andes, Cristina Miranda, o índice
de reajuste salarial previsto pelo governo para a categoria
é de aproximadamente 2%.
"Durante o primeiro ano do governo Lula nenhuma reivindicação
nossa foi considerada", afirmou Cristina.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), de 95 até
hoje, a perda salarial dos servidores chegou a 127%.
Na assembléia, que durou o dia inteiro, os servidores
aprovaram os eixos da campanha salarial, que será lançada
no dia 17 de março. A categoria vai reivindicar as
perdas salariais, incorporação de gratificações,
data-base em maio, estabelecimento de diretrizes de um plano
de carreira e cumprimento de acordos de greve.
No encontro, o sindicato dos servidores também desautorizou
a Central Única dos Trabalhadores (CUT) a falar em
nome dos servidores públicos quando houver divergências
sobre as reformas sindical e trabalhista. Um exemplo disso
é a contribuição sindical, à qual
a Andes se opõe. A CUT, ao ao contrário, vem
defendendo o imposto no Fórum Nacional Trabalhista.
As informações são
do Jornal do Brasil.
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