|
Heitor Augusto
As quatro últimas edições da Fuvest comprovam
que o curso de Letras é no qual os pardos têm
maior presença. Entre os aprovados de 2007, eles foram
89 (10%); em 2006, 121 (14,3%); em 2005, 99 (11,7%); em 2004,
102 (12,1%). A média de vagas em Letras é a
segunda maior, perdendo apenas para o curso de Engenharia,
Computação e Matemática Aplicada, da
Poli.
O curso de Ciências da Natureza,
oferecido na USP Leste, também apresenta relevante
participação de pardos. Em 2005, ano de inauguração
da nova unidade da USP, 32,7% dos aprovados pertenciam a essa
faixa de cor.
Assim como os pretos, o número
de pardos na USP aumenta quando é maior a quantidade
de vagas oferecidas. Este movimento é percebido, por
exemplo, no curso de Engenharia, Computação
e Matemática Aplicada, da Escola Politécnica.
Em 2007, dos 859 aprovados, 68 são pardos. Já
em Fonoaudiologia, oferecido em Ribeirão Preto, os
pardos são apenas 6 dos 30 aprovados.
O ingresso dos pretos em carreiras
disputadas é mais difícil que os pardos. Jornalismo,
o curso com maior relação candidato/vaga do
vestibular para 2008, não teve nenhum negro convocado
para a primeira chamada da matrícula entre os aprovados
de 2007. Mesmo em cursos com muitas vagas, o número
de pretos é irrisório. No curso de Medicina
e Ciências Médicas, há um negro para 92,5
brancos.
Brancos são absolutos
no interior
Os cursos oferecidos na unidade de Ribeirão Preto praticamente
não têm pretos ou pardos. Em 2007, quatro dos
cinco cursos onde os brancos tinham maior porcentagem são
ministrados naquela unidade. Em Psicologia, apenas dois dos
39 aprovados não eram brancos. Em Odontologia, 91,2%
eram brancos.
Entre os aprovados em Artes Cênicas
– Licenciatura no ano de 2005, todos eram brancos. Em
Jornalismo, eles representaram 56 dos 59 que ingressaram.
No ano de 2004, apenas um estudante do curso de Ciências
Biológicas de Piracicaba, não era branco.
|