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João
Batista Jr.
“O propósito não é apenas vender
roupas.” A frase de Clarice Borian explica o fundamento
da Brazoo, grife que fundou há 10 anos com o compromisso
de trabalhar apenas com costureiras carentes.
Natural do Paraná, a hoje estilista
interrompeu o curso de antropologia para dar início
a empresa que emprega mulheres fora do mercado. As selecionadas
passam por um processo de capacitação nos cinco
ateliês da marca: crochê, tricô, pintura,
bordado e retalhos. “Desde o primeiro dia de trabalho
informamos que a intenção é emancipá-las,
ou seja, fazer com que consigam disputar uma vaga com outras
profissionais no mercado de trabalho”, informa.
Como a Brazoo tem o conceito de que cada peça deve
ter uma história, as funcionárias não
exercem apenas os ofícios de costureira. “Fazemos
reuniões em que cada integrante da equipe conta aspectos
de suas vidas”, revela. A idéia de Borian é
garimpar relatos que sirvam de fonte de inspiração.
O tema da coleção de inverno, por exemplo, foram
aspectos da infância relacionada com animais. “Todas
as peças foram desenvolvidas em cima da experiência
de algumas funcionárias”, lembra.
Resultado
O sucesso da Brazoo é uma prova de que o respeito aos
funcionários aliado à qualidade do produto faz
a diferença. E gera divisa. A marca emprega direta
e indiretamente mais de 50 pessoas, conta com loja própria
no Shopping Frei Caneca e está presente em multimarcas
de mais de 10 estados do Brasil.
As costureiras que têm
filhos pequenos recebem máquina para trabalhar de casa
e a sede da empresa fica próxima de uma estação
de metrô para o acesso de funcionários ser fácil.
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