O presidente
nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato,
comentou que o governo Lula é o principal responsável
pelo índice de desemprego apurado pelo IBGE (Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ter
atingido o recorde de 13,1% da população economicamente
ativa em abril.
Segundo ele, os recordes sucessivos de desemprego no Brasil
são uma "triste realidade" e refletem um
aumento significativo da exclusão social de milhares
de brasileiros.
"Esse fenômeno se dá porque o governo Lula
não consegue implementar um plano de ação
que fuja da ortodoxia do mundo econômico internacional
e não tem conseguido sanar as necessidades de emprego
do país", afirmou Busato, em Montevidéu,
Uruguai, onde participa do último dia de reunião
do Coadem (Conselho dos Colégios e Ordens de Advogados
do Mercosul).
De acordo com os números divulgados hoje pelo IBGE,
o índice de desemprego atingiu recorde histórico
em abril, passando de 12,8% para 13,1%, a maior cotação
desde que a pesquisa mensal de emprego do instituto foi criada.
Na comparação com abril de 2003, a taxa foi
0,7 ponto percentual maior.
Conforme a pesquisa, na comparação com março
houve aumento significativo do desemprego nas cidades de Recife,
que subiu de 12,6% para 14,3%; Rio de Janeiro, passando de
9,8% para 10,7%; e Porto Alegre, que atingiu o índice
de 10,7%, contra 9,6% do mês anterior.
Na opinião de Busato, a situação tende
a se agravar se não houver uma rápida ação
de estimulação de empregos por parte do Executivo.
Para ele, quando o governo deixa de gerar postos de trabalho
e quebra recordes desse "índice vergonhoso para
a cidadania brasileira", a vida da população
torna-se cada vez mais difícil.
"Isso porque é por meio da geração
de empregos que se diminui a exclusão social, a injustiça,
a insegurança e se melhora a saúde e a educação.
Enfim, tudo o que é fundamental para o desenvolvimento
do cidadão", declarou o presidente da OAB.
A cidade brasileira que registrou queda no índice
de desemprego, ainda segundo o IBGE, foi Salvador, onde houve
redução de 17,1% para 16,6%. As taxas permaneceram
praticamente estáveis em Belo Horizonte (de 14,6% para
14,5%) e em São Paulo (14,6% para 14,5%).
RICARDO MIGNONE
da Folha Online
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