João Batista Jr.
Com o um dos menores IDH do Estado de São Paulo, a
cidade de Barra do Chapéu tem o título de melhor
4ª série do país segundo os dados divulgados
pelo Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb): 6,8. A média nacional é
3,81.
Um dos principais fatores que auxiliaram a cidade a obter
sucesso em sua educação básica foi a
parceria firmada entre Fundação Armando Álvares
Penteado (Faap) e a prefeitura administrada por Maria Anunciata
da Silva Leme (PSDB).
No ano de 2004, a Faap lançou o projeto “Fome
do Saber”, quando doou 40 mil livros para as cidades
de Redenção da Serra, Ribeirão Corrente,
Jeriquara, Jaci, Guaraci, Neves Paulista, Nova Independência
e Altair. Nessas andanças pelo interior de São
Paulo, organizadores da Fundação conheceram
a cidade de Barra do Chapéu.
Localizada na região do Vale do Ribeira, chocaram-se
com a precariedade da cidade: poucas casas com banheiro, duas
dezenas de ruas asfaltadas e economia dependente do plantio
do tomate. Resolveram, então, adotar a cidade.
O pontapé inicial da parceria foi a elaboração
de um Plano Diretor elaborado pelos alunos de arquitetura
da Faap. Depois, iniciou cursos de inclusão digital,
encontros regionais de governança, gerenciamento municipal,
projetos nas áreas de arquitetura, engenharia, saneamento,
entre outras atividades de interesse para a comunidade.
Ensino sistêmico
Com 4.900 habitantes, a cidade conta com 680 alunos na rede
municipal. Existe apenas uma escola de 1ª à 4ª
série, na qual os alunos são avaliados a cada
duas semanas por professores, e a cada 2 meses pela direção
da instituição. Os estudantes que apresentarem
falhas no aprendizado são encaminhados para aulas especiais
de reforço. A escola contou com carteiras e computadores
novos, e os professores com cursos de capacitação.
Como forma de incentivo ao estudo, a Faap dá 90% de
bolsa no valor de suas mensalidades aos alunos aprovados em
seu processo de seleção. Hoje, 17 alunos da
cidade cursam na entidade.
Economia
A Faap agora tenta mudar o perfil econômico da cidade
ao ampliar o número de produtos cultivados. Além
do tomate, um estudo mostra que a amora orgânica seria
bem produzida no solo local e por um período maior
comparado ao tomate.
Leia sobre uma experiência bem-sucedida
de Belo Horizonte (MG):
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