Erika
Vieira
Crianças que vivem em abrigos
estão transformando suas histórias em livro.
Há quatro anos o Programa Fazendo Minha História
tem estimulado as crianças a colocarem nas páginas
dos diários tudo o que já viveram. Assim, os
pequenos escritores entram em contato com o passado e podem
refletir também sobre o futuro.
”É importante que a criança veja o passado
para que não queira repetir uma história de
violência que acontecia com ela, por exemplo. Tentamos
quebrar a violência pela consciência”, explica
Claudia Vidigal, coordenadora geral do projeto. Por isso,
trabalham com a realidade através da subjetividade
da literatura.
Voluntários auxiliam durante todo o processo de criação,
sempre mostrando que cada ser tem uma trajetória única.
“As crianças nos abrigos tendem a serem tratadas
de uma única forma. O livro quer sensibilizar para
a individualidade. Cada criança tem uma história.
Cada um só é diferente do outro porque nasceram
em lugares diferentes”, diz a coordenadora.
A idéia de implantar o Fazendo Minha História
surgiu da necessidade de trazer identidade para as crianças.”Nos
inspiramos numa realidade muito dura”, fala Claudia.
Atualmente atendem a 300 crianças de 14 instituições
diferentes.
Os interessados em ser voluntário ou colaborar podem
acessar o site.
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