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“Você tem razão
quanto a esse déficit baiano de cérebros. Já
estive a ponto de me mudar para Sampa, até por convite
e incentivos de colegas de profissão. Sou professor
universitário de música, organista do Mosteiro
de São Bento, poeta e cartunista nas horas vagas. Agora
estou aprendendo berimbau. A medicina também se aprende
"de ouvido" por aqui: tem sempre uma folhinha, um
chazinho, uma garrafada que Mãe Preta ensinou.”
Flávio José
Gomes de Queiroz - flaviodequeiroz@gmail.com
“Muito desse "déficit" deve-se à
força dos políticos baianos e da politicagem
que há em diversos setores da sociedade baiana. Os
inovadores na Bahia são controlados por "quem"
libera concessões, carimbos, "bênçãos",
etc. Outro fator da "fuga" de QI está nos
baixos salários. Existe uma grande concentração
de renda no mercado de trabalho baiano. Se você analisar
os maiores empregadores do estado, irá notar que uma
pequena parcela ganha acima de R$ 3.000, e a maioria salários
está abaixo disso.”
José Alfredo Santana
- jabsantana@uol.com.br
“O problema da Bahia está se agravando não
por conta dos berimbaus ou atabaques tocados. Ele está
nas classes "superiores" que têm como música
de sua preferência o Chicletão, o Asa, a Ivete
Sangalo.”
Ricardo Duran - ricardo.bduran@terra.com.br
“Perfeito
seu diagnóstico sobre o baixo QI baiano. Eu mesmo –
que sou baiano domiciliado em São Paulo, capital, há
cinco anos – vim para fazer pós-graduação
em direito. Acho que ao atrair o interesse das pessoas, São
Paulo acaba atraindo gente interessante (inovadores, empreendedores,
intelectuais etc.). Pode ser que esta minha tese fajuta não
seja verdade; nem por isso, tira esta sensação
de cosmopolitismo e diversidade que temos ao andar pela Avenida
Paulista e pelas zonas geográficas da capital paulista.
Em que pese tudo isto, a saudade de retornar para a Bahia
é muito grande. A distância da família
é cruel ( e olha que vou com razoável freqüência
a Bahia). O desejo, creio que de muitos, é retornar.”
Leandro Aragão
- leandro.aragao@uol.com.br
“Minas Gerais também padece deste déficit.
Não conheço a Bahia a esse ponto, mas em Minas,
as oportunidades se concentram para políticos, profissionais
liberais e funcionários públicos. Hoje a comunidade
mineira de classe média, universitária, que
almeja bons salários e boas posições
passa longe dos mil (ou mais) em São Paulo. É
curioso ver como estados que fornecem mão de obra altamente
qualificada não conseguem estabelecer um ambiente favorável
a elas. Por que será?”
Gustavo von Krüger
- gustavo.kruger@sumitomocorp.com
“Há algum tempo tenho-me contido em lhe escrever
por não desejar parecer-lhe mal-educado. Mas sinto
que desta vez foi a gota d'água. Com o devido respeito
ao seu status de jornalista consagrado, por cuja razão
confesso desconhecer (por minha culpa e desinteresse), considero
seus textos fracos, superficiais, curtos e sem conteúdo,
o que é corroborado pelos péssimos títulos
que o senhor dá a eles. Em especial sobre o "QI
BAIANO" - (não sou baiano), penso que o referido
texto não acrescentou nem subtraiu nada.”
Marcelino Pereira do Nascimento
- marcelinopereiradonascimento@yahoo.com.br
“Embora a coluna reporte algo de fato relevante: a fuga
de capital intelectual baiano para São Paulo não
é verdade. Detesto estereótipos do tipo disciplina
paulista e criatividade baiana. Vê-los publicados em
imprensa de alta qualidade como a sua é ruim, pois
tais estereótipos não deveriam ser repassados
para a frente nunca. A Bahia é o sexto maior PIB nacional
atrás de SP, RJ, MG, RS e PR. Salvador é uma
cidade misto metrópole / litorânea com oportunidades
e empresas se consolidando em diferentes áreas.”
Allan Edgard Silva Freitas,
Salvador (BA) - allanedgard@gmail.com
“Você simplificou
o orgulho no qual faço questão de ser baiana.
Nunca ninguém soube falar tão bem desse déficit
que nossa capital sofre. Todos os dias a Bahia exporta mentes
brilhantes, pessoas com vontade de crescer e aprender cada
vez mais. Muito também me indignou ver um professor
baiano falar que nossa gente é burra.”
Samantha Lima
- massantha@hotmail.com
“Cara, você atirou
no que viu e acertou no que não viu! Não existe
fuga de cérebros para outras capitais brasileiras.
Na UFBA, muitos professores doutores são paulistas
formados na USP. Foram para lá, onde os caciques não
imperam, e conseguem desenvolver suas pesquisas. Basta pesquisar
no Lattes, e ver a produção acadêmica.”
Márcia Corrêa
- mahcorrea@uol.com.br
“Como baiano residente
e domiciliado em São Paulo, fiquei indignado com o
preconceito idiota do professor, que não honra, nem
de longe, a sua privilegiada função.”
Juscelino V. Mendes
-
j_mendes@terra.com.br
“Não muito coincidentemente,
um amigo baiano (que atualmente se divide entre a graduação
em engenharia na França e na UNICAMP) me encaminhou
seu artigo. Fiquei receosa quando li o título; respirei
aliviada quando constatei que eu estava errada. Sou baiana,
jornalista, nunca estudei Medicina nem fui aluna da UFBA.
O que foi dito da falta de QI, de fato, não procede.
Por outro lado (e quem é baiano pode constatar isso
com muita facilidade), a declaração doeu mais
- e muito mais - porque envolvia alunos da faculdade tida
como mais conceituada do estado, a Universidade Federal da
Bahia. Para piorar, tratava-se do curso que ninguém
jamais ousou questionar. A escola de Medicina onde Antônio
Carlos Magalhães estudou (olha que mérito),
quem poderia questionar?”
Mariana Paiva - maripaivamarinho@gmail.com
“Muito me surpreende você mencionar o Nizan Guanaes.
Na minha profissão, em Marketing e Publicidade, todos
sabemos ser ele simplesmente um grande chutador. O que de
fato tem salvado sua pele é a audiência da mediocridade
do Nordeste que lhe dá guarida e serviço. Portanto,
seu infeliz exemplo, exata e simplesmente contradiz o seu
ponto. Quanto aos empresários baianos que conheci no
exercício de minha profissão, exatamente todos,
são sonegadores. Minha conclusão foi que os
bons baianos deportaram os maus baianos para o sul e para
Brasília.”
Caio Márcio Rodrigues,
Caraguatatuba (SP) - caiomarcio@caiomarcio.eng.br
“Baianos ilustres mudam-se para o Rio e São Paulo,
porque na Bahia, terra de talentos, eles seriam apenas mais
um! Que o diga Ruy Barbosa, Castro Alves, Gregório
de Matos, Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, Caetano,
Caymmi, Gil etc.”
Manoel Carlos Neto, Ilhéus
(BA) - ManoelCarlos@stf.gov.br
“Sou professor do Estado do Rio de Janeiro e de um município
do Norte Fluminense; realmente posso constatar que os professores
culpam sempre os alunos pelo fracasso. E os alunos da rede
pública em sua maioria são pobres.”
Haron Gamal
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