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“Salas cheias, pouca
qualificação, cargas horárias pesadas
e professores com a auto-estima a zero são o retrato
da educação pública brasileira. É
engraçado, fala-se tanto em educação
e esquecem dos professores”,
Sueli Arruda
”Hoje, sabemos que o bom
professor e o bom gestor devem se formar dentro de uma racionalidade
crítico-reflexiva, de forma que saibam agir e criar
na urgência, decidir no imprevisto e inovar sempre sem
perder de vista a intencionalidade maior de humanizar. Espero
que a luta por melhores gestores escolares se dê a partir
dos pressupostos da pedagogia, não tendo como pano
de fundo apenas a agilidade administrativa e de captação
de recursos, dentro de uma perspectiva neoliberal”,
Maria Amélia Santoro
Franco- ameliasantoro@uol.com.br
”Muitos alunos abastados
freqüentam as escolas particulares por puro "status",
pois tendo pais donos de empresas ou ocupando altos cargos
em outras, tais adolescentes não têm uma real
preocupação com a escola. O real aprendizado
ficou fora de moda. Infelizmente, o conhecimento e a cultura
estão cada vez mais em baixa. Há ainda o fato
de muitas escolas particulares não optarem pela reprovação
com medo de "perder o aluno" para uma concorrente.
Nós, professores, chegamos a uma conclusão:
apenas alguns alunos são realmente interessados em
obter o que há de mais precioso na vida, que é
o conhecimento”,
Carlos Alberto Maranho Tassetto-
tntassetto@click21.com.br
“O sistema de ciclos só
poderia funcionar em um país do faz de conta ou em
países com realidades muito diferentes da nossa. Não
é necessária a instituição da
repetência para que o aluno da rede pública caia
na marginalidade, muitos estudantes já engrossam os
altos índices da criminalidade. Infelizmente, uma parte
da dita” inteligência “do Brasil vive atolada
em teorias muito bonitas no papel, mas que não condizem
com a realidade brasileira. Tal sistema de ciclos só
está produzindo legiões de analfabetos e engordando
as estatísticas oficiais de governos. Estamos formando
um país virtual, falso. A solução mais
efetiva para esta problemática seria uma real priorização
da educação no instante da formulação
das políticas públicas, bem como no investimento
pesado (recursos financeiros, humanos, materiais). Qualquer
outra solução será pura demagogia",
Alexandre Parente
"A educação
é tão elitizada que fico envergonhada ao ver
crianças desanimadas, já cientes que não
terão chance alguma na vida. É revoltante termos
um presidente proveniente das camadas pobres que agora exige
lenços de algodão egípcio para cobrir
sua ignorante mente. Nisso, as escolas são deixadas
a Deus dará”,
Luciane Oliveira- luciane-oliveira@uol.com.br
“A repetência é
um mal, um cancro que torna o ensino mais fragilizado e ineficiente.
O descompromisso do Estado resulta em alunos, com potencial,
que não recebem o conhecimento, não aprendem
a ler um texto com profundidade e a pensar matematicamente”,
Eliane Marquez da Fonseca
Fernandes
“Será possível
discutir uma educação pública de qualidade
com a existência de uma política econômica
excludente? Será possível melhorar a educação
pública nos termos propostos pelas agências financiadoras,
tais como o Banco Mundial? O debate sobre o assunto é
necessário e importante para a construção
de uma escola comprometida com a democracia”,
Marco Antônio O. Gomes,
Campinas-SP
“As atitudes, descritas
no artigo, tomadas por instituições particulares
de ensino, parece evocar uma situação raríssima,
talvez encontrada em poucos centros de excelência na
capital. A realidade na maioria dessas escolas, especialmente
nas cidades do interior, é a aprovação
praticamente automática por razões meramente
de mercado. É preciso lembrar que também há
graves problemas na rede particular. Afinal, os alunos que
lá estudam, abastados ou não, são tão
cidadãos quantos os mais pobres, e sofrem com problemas
tão significativos quanto os alunos da rede pública.
Afinal, a farsa da educação brasileira é
uma de nossas instituições mais democráticas”,
Marcelo Viktor Gilge
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