Erika Vieira
O “S” cravado no
coração da cidade tem planos para se tornar
um grande laboratório na área de comunicação.
“Por enquanto isso ainda é um sonho que buscamos
alcançar”, fala empolgado Afonsso Celso Prazeres
de Oliveira, síndico do Copan - construção
em formato de “S” de São Paulo.
Com cinco mil moradores, ocupando
uma área de 120 mil metros quadrados de construção,
o edifício que é o maior complexo habitacional
da América Latina, foi criado por Oscar Niemeyer. Hoje,
pretende ser usado como pólo sintetizador de diversas
áreas de conhecimento educacional, afinal o local funciona
como uma “mini São Paulo” que abriga de
tudo um pouco. A proposta é fazer com que universidades
e outras instituições pratiquem seu conhecimento
no Copan, beneficiando assim os moradores e os estudantes.
Para começar, a intenção é instalar
uma emissora de rádio / TV comunitária dentro
do prédio, transmitindo informações de
interesse do público que o habita.
Para a arquitetura a obra já
serve como laboratório vivo do Projeto de Estudo de
Grandes Empreendimentos Habitacionais em São Paulo,
realizado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
A dissertação de mestrado feita pelo arquiteto
Walter José Ferreira Galvão, faz parte desse
projeto e pretende mostrar que as pessoas ainda têm
satisfação em morar no centro. Para isso, ele
traçou o perfil dos moradores do Copan e verificou
que a restauração e melhorias que são
implantadas no prédio fazem bem aos usuários.
Os dados levantados pelo arquiteto
também ajudarão o síndico a criar novas
iniciativas com as quais os moradores se identifiquem, inclusive
na escolha da programação da rádio e
da TV comunitária. “Afonsso Celso é um
síndico que além de investir para manter o edifício
funcionando com a dignidade que merece, é muito empreendedor.
Ele facilita o trabalho acadêmico dentro do prédio”,
diz Galvão.
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