Cerca
de 30 animais são abandonados no parque por mês
e administração faz campanha sobre posse responsável
Prefeitura diz que problema é epidêmico na Capital,
onde 1.500 bichos são recolhidos por mês nas
ruas e avenidas.
Pelo
menos um cachorro (ou gato) por dia é abandonado no
Parque do Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo. São
cerca de 30 animais por mês, a maioria cães.
Não há estatísticas oficiais, mas estima-se
que, de dois anos para cá, tem aumentado o número
de animais largados em áreas públicas.
De acordo com a veterinária,
Noêmia Tucunduva Paranhos, do Centro de Controle de
Zoonoses (CCZ), órgão da Prefeitura, trata-se
de um problema epidêmico. Segundo ela, são recolhidos
1.500 animais por mês na Capital. Eles permanecem no
órgão por três dias. Se não forem
adotados, são mortos com injeções letais.
“Infelizmente, perto de 80%
deles são eutanasiados”, diz Noêmia. “Há
dois anos o abandono no parque não era comum”,
diz a diretora da Divisão de Medicina Veterinária
e Manejo da Fauna do Ibirapuera, Hilda Cintra Franco. “Eram
casos menos freqüentes.”
Segundo ela, proprietários
que agem assim não têm consciência de que
os bichos são seres vivos e não deveriam ser
descartados. Para desestimular essa prática, a administração
do Ibirapuera espalhou esta semana cartazes nos portões
de entrada do parque.
O texto alerta que animais abandonados
serão recolhidos e poderão ser sacrificados,
conforme determina a lei municipal 13.131, que dispõe
sobre a posse responsável de animais. Desde o último
dia 5 — e nos próximos seis meses sempre nos
fins de semana um trailer permanecerá no local oferecendo
animais para adoção.
Só na área do planetário
vivem em torno de 20 gatos abandonados. “Pessoas costumam
alimentá-los e isso é preocupante”, diz
Hilda. Essa prática, diz, é nociva à
fauna do parque porque os felinos atacam filhotes de sabiás,
periquitos, beija-flores, maritacas e andorinhas.
As informações são
do Diário de S.Paulo
|