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A OAB-SP (Ordem dos Advogados
do Brasil, em SP) lançou ontem uma campanha para estimular
as denúncias de abuso sexual de crianças e adolescentes.
A ação consiste na realização
de palestras e seminários sobre o tema e na distribuição,
nos fóruns e nas subseções da ordem dos
advogados, de 3.000 cartazes com o disque-denúncia
(181) da entidade.
"Qualquer sinal de abuso deve ser investigado. A sociedade
precisa saber que há a quem recorrer", disse Luiz
Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP.
A campanha também alerta para o fato de que, muitas
vezes, o crime acontece na casa da vítima.
Foi o que ocorreu na família de Sônia (nome fictício).
Mãe de oito filhos, ela descobriu, há dois anos,
que seu parceiro abusava das crianças. Ela fugiu com
os filhos, mas as seqüelas permanecem. O filho mais velho
mora em um abrigo, e atos sexualmente precoces de uma filha
levou a queixas na escola. "Espero que eles possam se
limpar disso", diz Sônia.
Embora a família de Sônia seja de baixa renda,
é falso pensar que o problema seja restrito a esse
grupo. "Isso ocorre em todas as classes sociais. Mas
há agressores que se escondem atrás do status",
diz José Raimundo da Silva Lippi, presidente da Abtos
(associação de prevenção de abuso
sexual).
As informações
são da Folha de S. Paulo.
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