Há
tempos que os economistas já reconheceram que a beleza física
tem influências obre os salários, mesmo em ocupações nas quais
a aparência não é relevante para o desempenho dafunção. Parece
que homens e mulheres atraentes ganham melhores salários que
as pessoas comuns, para fazerem o mesmo trabalho. A pergunta
é por que isso acontece.
Dois economistas de Harvard e da Wesleyan
University, Markus M. Mobius e Tanya S. Rosenblat, fizeram
um experimento na tentativa de encontrar as raízes da chamada
vantagem da beleza. O documento, intitulado Why Beauty Matters
(Porque a Beleza Importa), foi publicado na edição de março
deste ano da American Economic Review. A experiência deles
envolveu um cenário no qual os empregadores entrevistaram
candidatos para um emprego que consistia em solucionar labirintos.
Primeiro, os candidatos ao emprego
preencheram um formulário de currículo onde constava idade,
sexo, universidade, data de formatura, experiência profissional,
atividades extras curriculares e hobbies. A seguir, os estudiosos
deram aos participantes um labirinto simples para solucionar.
Depois de completarem a tarefa, foi perguntado aos candidatos
quantos labirintos semelhantes eles conseguiriam resolver
durante um período de 15 minutos.
Este cálculo foi interpretado como
um indicativo da confiança do participante na suas próprias
capacidades. Na seqüência, cinco empregadores avaliaram os
candidatos usando uma variedade de métodos: avaliando apenas
o currículo; usando o currículo e uma fotografia; e usando
o currículo e uma entrevista por telefone.Em outros casos,
com o currículo e entrevista cara a cara.
Para obter uma estimativa imparcial
sobre a beleza dos candidatos, os estudiosos mostraram uma
fotografia de todos os participantes a um comitê e pediram-lhes
que classificassem os candidatos numa escala de beleza.
De posse dos dados dessas experiências
e levantamentos os economistas encontraram vários resultados
interessantes. Descobriram que as pessoas bonitas não foram
melhores que as comuns na solução dos labirintos. Mas, apesar
de terem a mesma produtividade dos outros, elas se mostraram
muito mais confiantes em relação às suas habilidades. Ter
uma boa aparência parece estar relacionado com autoconfiança,
característica atraente para os empregadores.
Quando os empregadores avaliaram os
empregados tomando por base somente os currículos, a aparência
física não influenciou suas estimativas, como era de se esperar.
Mas todos os outros métodos mostraram estimativas de maior
produtividade para as pessoas de boa aparência, e as entrevistas
cara a cara renderam os números mais altos.Os empregadores
consideraram as pessoas bonitas mais produtivas mesmo quando
a única interação que tiveram com elas foi por telefone. Parece
que a confiança que as pessoas atraentes têm em si mesmas
é transmitida por telefone assim como pessoalmente.
Os economistas avaliaram que cerca
de 15% a 20% da vantagem da beleza é resultado do efeito da
autoconfiança, enquanto a comunicação oral contribui com 40%
e a visual com outros cerca de 40%. As pessoas de boa aparência
são também boas comunicadoras, e suas habilidades de comunicação
oral contribuem quase tanto quanto a percepção dos empregadores
sobre sua aparência. Até mesmo nas entrevistas por telefone
os bonitos se saíram melhor.
As informações são
do O Estado de S.Paulo
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