Marina
Rosenfeld
especial para o GD
O número de funcionários com sintomas de uso
de substâncias químicas e o alto índice
de absenteísmo após finais de semana e feriados
prolongados fez com que a Renault, há seis anos, começasse
a investir na reabilitação de profissionais
dependentes químicos.
O programa, que atua na prevenção e reabilitação
dos colaboradores, possui uma série de ações
que vão de campanhas internas de conscientização
a sessões de terapia individual e em grupo, assistência
social, medicamentos e tratamentos complexos em clínicas
especializadas. Todo o tratamento é 100% custeado pela
Renault e conta com a ajuda da família e do gestor
imediato do funcionário dentro da empresa.
“Nosso objetivo é restabelecer o funcionário
que realmente queira se curar e, assim, lhe dar nova condição
de saúde e vida social. Por isso, é importante
que seja uma opção espontânea”,
enfatiza a supervisora de saúde da companhia, Ana Cláudia
Muniz. De acordo com ela, a garantia de emprego e o sigilo
são primordiais para o funcionário optar pelo
tratamento.
Até hoje, o projeto já atendeu 34 pessoas,
sendo consideradas reabilitadas aquelas que estão em
abstinência por mais de dois anos. “Por ser uma
doença que mesmo sob controle deve ser monitorada,
a avaliação do processo é medida pelo
tempo que o paciente consegue se manter em abstinência”,
explica Muniz.
Os resultados desde a criação do projeto são
visíveis, com a queda nos índices de absenteísmo
e no risco de acidentes no trabalho.
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