Adolescentes
podem ser mais propensos a cometer crimes violentos se tiverem
uma versão menos ativa de um gene que controla a agressão
e forem submetidos a abusos na infância, segundo um
estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria de Londres
e objeto de uma reportagem da revista científica "New
Scientist".
A equipe do Instituto de Psiquiatria de Londres teve acesso
a um estudo neozelandês que acompanha desde 1972 a saúde
física e mental de mais de mil pessoas desde o nascimento.
Os pesquisadores analisaram tanto o registro de maus-tratos
na infância quanto a presença da enzima MAOA,
que regula a quantidade de serotonina no cérebro, molécula
que tem um papel importante no controle da agressão.
O resultado indicou que crianças que sofrem algum
tipo de abuso na infância e possuem uma forma pouco
ativa da MAOA têm três vezes mais chances de apresentar
uma desordem comportamental e dez vezes mais chances de serem
condenadas por um crime violento.
O estudo identificou dois grupos de delinqüentes.
Um grupo é formado por pessoas que passam a cometer
crimes pequenos depois de entrar em contato com a turma errada.
Esses jovens comumente deixam a criminalidade aos 20 e poucos
anos.
O outro grupo, mais problemático, é formado
por pessoas que passam a dar sinais de um comportamento anti-social
já mesmo na idade de ir à creche. São
essas crianças que teriam uma predisposição
biológica para problemas comportamentais, segundo o
estudo.
da BBC Brasil
Folha de S.Paulo
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