Marina
Rosenfeld
Karina Costa (colaboração)
especial para o GD
Ao contrário da maioria das empresas que contrata
profissionais com deficiência, a Cushman & Wakefield
(C&WS), da área imobiliária, resolveu ir
além e inserir pessoas com deficiência em seu
quadro de pessoal.
Segundo o diretor da C&WS Luiz Tasso, pessoas com disfunções
visuais, auditivas e motoras são as mais procuradas
pelas empresas para preencher a cota de 2% a 5% em organizações
com mais de 100 funcionários. O diretor acredita que
isso se deve ao fato de as companhias acreditarem que é
muito mais fácil desenvolver uma profissional com deficiência
física do que um com deficiência mental.
“Temos que lidar com essa realidade. As disfunções
visuais, motoras e auditivas são fatos concretos, estão
ali, você as vê. Mas como agir com uma variável
que não dominamos? O deficiente mental não é
estável? É treinável”, diz Tasso,
ao acreditar que é possível sim desenvolver
esse tipo de profissional.
A escolha por deficientes mentais, de acordo com Tasso, é
porque a empresa considera que muitos desses profissionais
não apresentam limitações em todas as
áreas e que eles têm potencial para se adaptar
ao mercado de trabalho.
“Se o foco das organizações fosse o processo
de desenvolvimento, direcionando gastos para projetos de inserção
social, haveria um retorno maior, ou seja, um processo de
inclusão mais rápido, focando a alfabetização
e a socialização e na seqüência cursos
profissionalizantes para essas pessoas”, diz Tasso.
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