Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Guias de profissão, testes vocacionais e palestras
de orientação nem sempre são suficientes
para que os jovens tenham certeza sobre o curso que irão
prestar no vestibular. Pensando nisso é que o Colégio
Augusto Laranja, em São Paulo, criou uma espécie
de estágio supervisionado. Nele, alunos do 3º
ano do Ensino Médio podem tirar possíveis dúvidas
que ainda tenham sobre a profissão escolhida.
O programa foi implantado no colégio em 1998 e, desde
então, quase mil alunos já passaram pelo estágio.
No início do 3º ano do Ensino Médio, os
estudantes recebem uma carta da escola explicando o programa
de estágio e, a partir daí, devem procurar uma
empresa de seu interesse.
A exigência é de que eles atuem por, no mínimo,
15 horas como estagiários não-remunerados (e
sem vínculo empregatício) na área para
a qual pretendem prestar vestibular e, ao final deste período,
produzam um relatório sobre a experiência obtida.
Além do relatório, a empresa também faz
uma avaliação do aluno. Ao final do programa,
o colégio concede ao aluno um certificado do estágio.
“Nosso principal objetivo é proporcionar aos
estudantes um contato realista com o mercado de trabalho,
facilitando, assim, a escolha da profissão no vestibular”,
afirma Almir Laranja, diretor pedagógico do colégio.
Bruna Fernanda Camargo Silva, de 18 anos, foi uma das alunas
que passou pela experiência. Ela conta que estava indecisa
entre os cursos de Fisioterapia e Nutrição,
mas eliminou o primeiro apenas em conversa com uma profissional
da área. Para ter certeza do segundo, fez um estágio
na Varig. “Eu observava o trabalho de duas nutricionistas
na cozinha industrial, passando pelas várias etapas
envolvidas no preparo dos alimentos”, conta. Saiu de
lá certa de que era esta a carreira desejada e hoje
cursa o 2º ano de Nutrição na Universidade
São Camilo. “Achei bastante proveitoso o estágio,
pois sem ele eu corria o risco de escolher a carreira errada
e largar a faculdade logo no início”, afirma
Bruna.
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