Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Empresários do setor de sucata discutiram, na segunda-feira
(dia 20), em São Paulo, os rumos da indústria
da reciclagem. O evento foi promovido com o objetivo de defender
a profissionalização do sucateiro e a sobrevivência
do negócio, por meio da organização do
setor.
Dados mostram que o segmento movimentou três bilhões
de dólares no Brasil, em 2005 e no mesmo ano, mais
de 5,5 milhões de toneladas de sucata foram retiradas
do consumo residencial. “É uma injeção
de riqueza na economia. A reciclagem tem como seu maior combustível
o valor comercial da sucata. Daí sua importância
como negócio”, ressaltou Adriano Assi, editor
executivo da revista Reciclagem Moderna e organizador do Encontro
Brasileiro de Negócios da Indústria de Reciclagem.
“O reaproveitamento de sucatas gera emprego e renda
na base da pirâmide social, reduz o volume de resíduos
nos aterros sanitários, proporciona crescimento econômico
e contribui para a preservação dos recursos
naturais”, observou Assi.
Entretanto, de acordo com ele, é preciso criar políticas
estratégicas urgentemente, já que apenas 0,8%
do lixo coletado na cidade de São Paulo volta à
cadeia de suprimentos da indústria por meio do sistema
de coleta seletiva municipal. Menos de 5% das cidades brasileiras
contam com coleta seletiva. “Os grandes índices
de reciclagem são crédito dos sucateiros que
estão em praticamente 100% dos municípios”.
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