Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Motorizar uma cadeira de rodas convencional, criar um protótipo
de prótese de joelho mecânico ou um sistema capaz
de economizar até metade da água usada na descarga
do vaso sanitário. Esses são apenas alguns dos
desafios tecnológicos que estudantes do Serviço
Nacional de Aprendizagem (SENAI) têm que enfrentar durante
provas que testam a capacidade, o conhecimento e as habilidades
dos alunos de todas as unidades espalhadas pelo país.
E mais: os participantes têm no máximo dois dias
para desenvolver e montar o produto final.
Este ano, 504 alunos da instituição vão
participar de desafios semelhantes, em 48 diferentes áreas
profissionais, durante a Olimpíada do Conhecimento
2006, competição de educação profissional
que acontece entre os dias 6 e 14 de março em Pernambuco.
O exemplo da prótese de joelho mecânico foi
desenvolvido durante a Olimpíada do Conhecimento 2001,
em Brasília (DF), por alunos do SENAI-SP da área
de Manufatura, a partir de um modelo americano, adaptado à
realidade brasileira. Na época, o custo da peça
americana foi estimado em 2,5 mil dólares, enquanto
o protótipo nacional ficaria em torno de 500 dólares.
As próteses produzidas pelos competidores foram submetidas
a testes clínicos em pacientes e doadas à Associação
de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
“Esses exemplos mostram que o Brasil está preparado
para competir em pé de igualdade com asiáticos
e europeus quando se trata de vencer desafios em áreas
de tecnologia de ponta em torneios de educação
profissional”, diz Gilvan Menegotto, ex-instrutor da
Escola de Educação Profissional Nilo Peçanha,
do SENAI de Caxias do Sul (RS).
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