Uma
pesquisa da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha, sugere
que cochilos rápidos podem melhorar o desempenho em
testes de memória.
De acordo com o estudo, publicado na revista "New Scientist",
voluntários que tiveram seis minutos de sono conseguiram
se lembrar melhor das palavras.
Os cientistas avaliam que o sono "ultracurto" pode
iniciar o processamento da memória no cérebro.
A equipe liderada pelo cientista Olaf Lahl afirma que é
possível que o momento em que as pessoas pegam no sono
seja capaz de desencadear um processo no cérebro que
é mantido, independente do tempo em que a pessoa fica
acordada.
"Isso demonstra pela primeira vez que um episódio
de sono ultracurto fornece uma melhora efetiva na memória",
escreveu Lahl na "New Scientist".
Sono profundo
A equipe de cientistas da Universidade de Dusseldorf
convocou um grupo de estudantes e pediu que eles memorizassem
uma série de palavras.
Depois, os voluntários tiveram um intervalo de uma
hora antes de um teste, em que teriam que lembrar as palavras.
Durante o intervalo de uma hora, alguns dos estudantes tiveram
permissão para dormir durante aproximadamente seis
minutos. Os restantes tiveram que permanecer acordados.
Ao acordar, os estudantes que tiraram o cochilo tiveram um
desempenho melhor no teste.
Cautela
Dezenas de outros estudos analisaram a relação
entre sono e memória e apresentaram indícios
de que o ciclo natural de sono e vigília tem um papel
importante nesses processos.
Teorias sugerem que o processamento de memórias ocorre
durante o sono profundo, uma fase que normalmente não
começa até que a pessoa tenha completado 20
minutos de sono.
O professor Jim Horne, do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade
Loughborough, no Reino Unido, diz que a pesquisa alemã
é "interessante", mas é preciso cautela.
"A idéia de que a memória pode melhorar
em apenas seis minutos é uma descoberta notável
e é preciso ter cautela em relação a
esta descoberta", afirmou Horne.
"Existem muitas provas de que o processamento de memórias
provavelmente ocorre com mais de seis minutos de sono",
diz o pesquisador.
da BBC Brasil
Publicado na Folha de S.Paulo
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