Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Suíço-brasileira,
em São Paulo, têm contado com uma disciplina
a mais no seu currículo escolar, a de Estágio.
Durante um mês os alunos fazem um estágio de,
no mínimo, seis horas diárias para vivenciarem
o mundo profissional na área de seu interesse. "A
intenção é que os alunos tenham contato
com o mundo real. Saiam do ambiente da escola e percebam como
são as relações num ambiente de trabalho",
explica Heitor França, coordenador do programa de estágios.
A definição do estágio acontece no primeiro
semestre. Cabe aos alunos e pais buscarem uma empresa para
a vivência. Caso não consigam, a própria
escola tem parcerias com companhias de capital suíço-alemão.
Durante o mês de outubro, os alunos trocam a sala de
aula pelo escritório, onde circulam pelo maior número
de departamentos possível. O objetivo é conhecer
um pouco de cada área para que esse contato ajude a
definir qual curso seguir na faculdade.
O desempenho do estudante é acompanhado por um professor
e também pelo seu chefe imediato na companhia. Ao final
do estágio, o aluno volta para a escola e faz um relatório
sobre sua experiência. Depois é só aguardar
a avaliação final do chefe e do professor. São
eles que definem se o aluno foi aprovado ou não.
Segundo Heitor, é fácil entender o sucesso
dessa disciplina entre os estudantes. "Essa é
a chance deles verificarem suas aptidões vocacionais
antes de entrarem para uma faculdade". Ele conta que,
de certa forma, os alunos vêem essa “pitada de
mundo real” como o primeiro passo para se tornarem adultos,
independentes. "O único problema é que
eles gostam tanto do estágio que depois não
querem mais voltar para a escola", brinca.
|