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04/11/2004
Projeto cria profissão de prostituta

 

BRASÍLIA - A prostituição, chamada de uma das profissões mais antigas do mundo, poderá ser regulamentada no Brasil. Um projeto de lei que começará a ser debatido na semana que vem pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados eleva a prostituição, feminina e masculina, à categoria de profissão dos "trabalhadores da sexualidade". Essa função inclui ainda strippers, dançarinos que se exibem nus ou seminus, garçons e garçonetes que trabalham de forma a despertar a libido de terceiros e gerentes de prostíbulos.

A proposta foi apresentada pelo deputado Eduardo Valverde (PT-RO). Se aprovada pela Comissão de Trabalho, poderá seguir diretamente para o Senado, por ser projeto de lei ordinária. Só passará pelo plenário da Câmara se houver recurso de parlamentar ou partido. Caso seja transformada em lei, prostitutas, prostitutos e similares só poderão exercer a profissão depois de registrados pela Delegacia Regional do Trabalho. O registro terá de ser revalidado a cada 12 meses. Será obrigatória a inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Essas exigências desagradaram a prostitutas. Amanda, de 23 anos, que atende na Asa Norte, em Brasília, acha que não é necessária a intervenção do Estado. "Desde que faço programas ouço falar que alguém quer regulamentar a profissão." Quanto à proteção à saúde oferecida pelo projeto, ela diz que isso também não interessa. "Depende de cada menina. Eu tenho plano de saúde e me cuido." Restaria a proteção contra a violência, mas nem isso atrai Amanda. "Todo mundo está sujeito a algum tipo de violência." Ela mora em apartamento próprio e diz que fatura entre R$ 4.500,00 e R$ 5.000,00 por mês.

O autor do projeto diz que o Brasil deveria seguir o exemplo da Holanda. "Lá, a prostituição é legalizada e ordenada juridicamente para adequá-la à realidade e melhor controlá-la, impondo regras para sua prática e penas aos abusos e transgressões", afirma o petista. A intenção, diz Valverde, é garantir os direitos, entre eles o previdenciário, dos trabalhadores do sexo.

JOÃO DOMINGOS
do jornal O Estado de S. Paulo

   

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