Em Campo
Alegre do Fidalgo (PI), 532 quilômetros ao sul de Teresina,
comerciantes, vereadores e até a primeira-dama recebem
os benefícios do mais polêmico projeto social
do governo petista. Sem qualquer fiscalização
nas áreas mais remotas do país, o bolsa-família
se tornou uma caixinha para parentes e amigos de prefeitos
irresponsáveis - para dizer o mínimo.
E o caso do Piauí não é isolado. Ontem,
em Brasília, o ministério divulgou nota informando
que determinou o recadastramento de todas as crianças
do Bolsa-Família na cidade de Candeias (BA). A decisão
foi tomada depois que reportagem do jornal O Estado de S.Paulo
mostrou que mais de 4 mil estavam registradas em apenas dois
endereços.
No entanto, Piauí chama ainda mais a atenção.
Em fevereiro, o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes,
denunciou a existência de 1.107 servidores municipais
e 1.500 estaduais inscritos no Bolsa-Família. O Ministério
do Desenvolvimento Social enviou auditores para fazer uma
devassa no cadastro e cruzar os dados com as folhas de pagamento
do Estado e do município. Ainda não foram divulgados
resultados.
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