Calçadas
com rampas e sem muitos desníveis. Semáforos
com dispositivos sonoros para orientar pedestres com dificuldades
visuais. Esse é o panorama que a subprefeitura da Vila
Mariana (zona sul de São Paulo) pretende ter dentro
de alguns anos para facilitar a locomoção de
deficientes e idosos no bairro.
Dos 31 planos diretores regionais aprovados no início
deste mês, nenhum cita tanto quanto o da Vila Mariana
a necessidade de mudanças para garantir a acessibilidade.
A proposta condiz com o perfil da região, que possui
muitas entidades filantrópicas e moradores idosos,
e alavanca a estratégia de desenvolvimento local: uma
das principais metas do plano regional da Vila Mariana é
consolidar o entorno da rua Pedro de Toledo como pólo
hospitalar da zona sul.
Atualmente, o local conta com o complexo formado pelo Hospital
São Paulo e a Escola de Medicina, além do Hospital
do Rim e da Hipertensão.
Como uma das estações da futura linha 5 do
metrô será instalada na região, o plano
cria nesse entorno uma área de intervenção
urbana, o que dá a possibilidade aos empreendedores
de construir acima dos limites do zoneamento, mediante outorga
onerosa (mecanismo pelo qual as construtoras pagam uma taxa
para poder construir prédios acima de um determinado
limite).
Pelo projeto, todas as quadras incluídas na área
de intervenção urbana, e não apenas os
cruzamentos, deverão contar com acessos para deficientes.
"Fizemos uma reunião específica sobre
acessibilidade. Quando entramos nessa discussão, vimos
que hoje em dia esse assunto não diz respeito só
a deficientes, mas também ao idoso, à gestante,
à mãe com carrinho de bebê. O conceito
de acessibilidade é bem amplo", afirma o arquiteto
Luiz Fernando Vecchia, que coordenou a elaboração
do plano na subprefeitura da Vila Mariana.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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