Ele se
comporta como uma barata. Cheira como uma barata. É
aceito pelas outras baratas como uma delas, mas não
é uma barata. É um robô e os cientistas
dizem que a invenção é uma revolução
na luta humana para controlar o reino animal. O robô
InsBot, desenvolvido por pesquisadores da França, Bélgica
e Suíça, é capaz de se infiltrar em um
grupo de baratas, influenciando- as e alterando seu comportamento.
Um estudante passou três anos filmando-as e fazendo
um programa de computador que reproduz os movimentos. O segundo
estágio do programa de 2 milhões, chamado Leurre,
foi construir um robô capaz de detectar e distinguir
baratas de outros seres; de se mover como elas e de ficar
inativo no escuro.
Já o terceiro estágio, feito pelo Centro Francês
de Pesquisa, foi isolar as moléculas que dão
às baratas seu cheiro e passá-lo no robô.
"Sem o cheiro, as baratas consideravam o InsBot um estranho
e corriam dele", conta Deneubourg. No início do
ano que vem, ele espera publicar resultados demonstrando a
capacidade do InsBot de modificar o comportamento de suas
colegas baratas.
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