Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Pagar seus profissionais por meio de bônus para melhorar
a auto-estima e a qualidade de vida foi a forma encontrada
pelo Grupo Algar, há três anos, para que todos
prestassem atenção na sua saúde. Alinhado
ao plano de metas da empresa, o programa Processo de Desenvolvimento
Individual da Saúde (PDI), dava prêmios, até
o ano passado, para os profissionais que conseguissem atingir
metas relacionadas ao seu bem-estar.
Ao longo do tempo, o programa foi tão bem aceito pelos
funcionários que a empresa percebeu que não
havia mais necessidade de dar bônus para incentivá-los
a cuidar da sua saúde. “As pessoas passaram a
adotar isso como algo importante para a sua própria
vida e começaram a estimular os outros participantes
do PDI”, observa Cícero Penha, diretor de talentos
humanos corporativo do Grupo Algar, em Minas Gerais.
O programa que começou estimulando os funcionários
a fazer atividades físicas, perder peso, controlar
o coração e níveis de colesterol e glicose,
mudar seus hábitos alimentares e diminuir o stress
e o mau-humor, hoje trata também da saúde mental
dos seus colaboradores. “As pessoas no âmbito
do trabalho estão sofrendo uma pressão imensa
e ficando doentes. A depressão vai ser um dos maiores
problemas que as empresas vão ter que enfrentar no
futuro e estamos nos antevendo a isso, pois uma pessoa depressiva
não consegue se motivar e nem motivar os outros”,
comenta Penha.
Para atingir as metas estabelecidas por profissionais da
área de saúde contratados pela empresa, mais
de 3.000 funcionários recebem apoio de uma equipe que
inclui médicos, nutricionistas, personal trainers,
psicólogos e psiquiatras. O tratamento é individual
e inclui avaliações, diagnósticos, planos
de ação e uma série de acompanhamentos
durante o período de um ano, quando é refeito
o plano de metas para o ano seguinte.
São inúmeras as pessoas que já foram
beneficiadas por esse programa, seja porque sofrem de obesidade,
depressão ou simplesmente precisam de cuidados especiais.
Um exemplo disso é a especialista em talentos humanos
da CTBC - uma das empresas do grupo -, Eneyde Rezende, que
recebeu tratamento diferenciado ao engravidar. “Além
de todos os exames, recebi cuidados especiais e ao retornar
da licença maternidade tive que atingir a mesma meta
de peso antes da gravidez”.
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