A escola
municipal Amorim Lima é um exemplo para as outras instituições
de ensino de São Paulo. Os pais de alunos estimularam
a derrubada das paredes das salas de aula. Surgiram, no lugar
delas, amplos espaços multidisciplinares. Os alunos
se dividem em pequenos grupos, cuja tarefa é, essencialmente,
pesquisar e produzir conhecimento, orientados pelos professores
das mais diferentes matérias compartilhando o mesmo
espaço.
Os grupos circulam por vários ambientes e mesclam
aulas de capoeira, teatro, ecologia e jogos com o currículo
tradicional de português, estudos sociais, ciências
e matemática. O aprendizado não é medido
por testes burocráticos, mas pelo desenvolvimento de
habilidades e pela capacidade de associação
de idéias. Apesar de contar com o estímulo oficial,
não há ali nenhum recurso público extra.
Atingiu-se tal ponto de sofisticação devido
à ação das famílias e da comunidade
em articulação com os educadores. Esse laboratório
comunitário dá uma extraordinária lição,
e talvez a menos importante seja a de pedagogia aos candidatos
à prefeitura paulistana.
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