da
Redação
As implicações da greve dos professores da rede pública -
paralisados há 15 dias – tomou uma proporção tamanha, que
está em jogo não só o orçamento da pasta de educação, mas
também toda a concepção do ensino no Município. Na pauta dos
grevistas está contido o pedido de extinção do programa São
Paulo é uma escola. Embora haja uma grande parcela de
professores favoráveis ao programa - que estende o tempo permanência
do aluno na escola com atividades extracurriculares – o programa
está em questionamento devido à falta de condições humanas
e físicas com que tem sido colocado em prática.
“A idéia de estender o período do aluno na escola, oferecendo
atividades educativas extras, é boa, mas o que está acontecendo
é que foi colocada em prática sem subsídios para atendê-la.
O programa já está em funcionamento, mas os oficineiros ainda
não foram todos contratados. Não houve tempo hábil para todas
as escolas construírem espaços para receber as atividades.
Com isso está havendo conflito de grade entre as atividades
das oficinas e as das habituais da escola, como o uso da sala
de leitura e laboratório de informática. Além disso, como
não há capacidade de atender a todos os alunos concomitantemente,
muitos ficam soltos pela escola, sem a supervisão do professor
ou do oficineiro, causando um enorme tumulto”. O depoimento
é de uma professora do Município, concursada há 15 anos, que
não quis se identificar.
Faz-se mais que necessário nesse momento uma boa mediação
entre o Sindicato dos Profissionais de Educação no Ensino
Municipal de São Paulo e a Secretaria Municipal de Educação.
As melhores escolas do mundo mostram que um dos fatores primordiais
na qualidade de ensino está relacionado ao tempo de permanência
do aluno na escola, assim como as atividades que as mesmas
oferecem para além do ensino formal. A perda desse avanço
na educação paulistana seria um enorme retrocesso.
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