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Cimar
Azeredo, gerente da pesquisa realizada pelo IBGE, disse que
a queda da taxa de desemprego no país foi puxada pela
região metropolitana de São Paulo, que abriga
40% do total dos ocupados nas seis regiões e cuja taxa
de desemprego recuou de 9,4% em abril para 8,6% em maio.
O mercado de trabalho paulista teve
resultados importantes em maio, com aumento da ocupação
e crescimento das contratações no setor industrial.
“Tudo o que ocorre nas seis regiões pesquisadas
primeiro acontece em São Paulo, então, essa
primeira arrancada no mercado de trabalho paulista é
extremamente favorável.”
Em maio, houve um acréscimo
de 6,7% no contingente de ocupados na região metropolitana
de São Paulo em relação a igual mês
do ano passado, o que equivale à criação
de 578 mil novas vagas. Desse total, 475 mil vagas são
formais. Somente de abril para maio, foram registradas 113
mil novas ocupações.
Na indústria paulista,
houve aumento de 3,3% no número de ocupados em maio
ante abril e de 9,5% na comparação com maio
de 2007. “A indústria tem ligado as máquinas
mais cedo em São Paulo e esse já é um
resultado muito favorável, já que em seguida
outras regiões devem começar a mostrar maior
absorção de mão-de-obra”, afirmou
Azeredo.
Leia a matéria na íntegra:
Desemprego
é o segundo menor desde 2002
Taxa de 7,9% também é a mais baixa para maio
desde 2002
A taxa de desemprego apurada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
nas seis principais regiões metropolitanas do País
recuou para 7,9% em maio, o segundo menor patamar em seis
anos e a menor taxa, desde 2002, para meses de maio. As boas
notícias do mercado de trabalho foram ofuscadas, entretanto,
pela queda de 1% da renda real ante abril, em conseqüência
da alta inflacionária.
O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo,
disse que a tendência é de novas quedas na taxa
de desemprego até dezembro, exceto se “fatores
exógenos” venham a afetar o desempenho do mercado
de trabalho. Como exemplo desses fatores, ele citou a inflação,
a alta dos juros e as crises externas. “Juros e inflação
podem comprometer um pouco esse processo mas, exceto na renda,
os efeitos demoram, não são imediatos.”
Segundo ele, os resultados em maio,
com queda na taxa de desemprego, aumento no número
de ocupados e queda no contingente de desocupados, “são
extremamente positivos”. O gerente da pesquisa afirmou
que o desempenho reflete o bom cenário econômico
do País.
Claudia Oshiro, da Tendências
Consultoria, observa que “o número de desempregados
tem se reduzido substancialmente nos últimos meses,
por conta de uma atividade econômica bastante aquecida”.
No entanto, ela espera que o recuo forte de maio seja pontual.
O número de ocupados nas seis
regiões cresceu 0,4% em maio ante abril, com aumento
de 89 mil vagas no período. Na comparação
com maio de 2007, houve expansão de 4,6%, ou mais 954
mil vagas em um ano. Desse total, 823 mil vagas eram formais.
O número de desocupados (sem trabalho e procurando
emprego) caiu tanto em relação ao mês
anterior (-7,5%) quanto no confronto com igual mês do
ano passado (-20,4%).
O nível de formalidade continua
batendo recordes na série histórica, iniciada
em março de 2002. O porcentual de empregados com carteira
no total de ocupados foi de 44,2% em maio - há seis
anos, não ultrapassava 40,2%. “A situação
no mercado de trabalho em 2008 é favorável em
relação aos últimos anos”, afirmou
o gerente da pesquisa, acrescentando que “a taxa (de
desemprego) tende a fechar o ano com novo recorde (de queda)”.
O recorde entre as menores taxas de
desemprego mensais apuradas pelo IBGE é dezembro de
2007, quando foi de 7,4%, a mais baixa desde 2002. A taxa
no mês de dezembro é sempre a menor registrada
mensalmente a cada ano.
São Paulo
Cimar Azeredo, gerente da pesquisa realizada pelo IBGE, disse
que a queda da taxa de desemprego no país foi puxada
pela região metropolitana de São Paulo, que
abriga 40% do total dos ocupados nas seis regiões e
cuja taxa de desemprego recuou de 9,4% em abril para 8,6%
em maio.
O mercado de trabalho paulista teve
resultados importantes em maio, com aumento da ocupação
e crescimento das contratações no setor industrial.
“Tudo o que ocorre nas seis regiões pesquisadas
primeiro acontece em São Paulo, então, essa
primeira arrancada no mercado de trabalho paulista é
extremamente favorável.”
Em maio, houve um acréscimo
de 6,7% no contingente de ocupados na região metropolitana
de São Paulo em relação a igual mês
do ano passado, o que equivale à criação
de 578 mil novas vagas. Desse total, 475 mil vagas são
formais. Somente de abril para maio, foram registradas 113
mil novas ocupações.
Na indústria paulista,
houve aumento de 3,3% no número de ocupados em maio
ante abril e de 9,5% na comparação com maio
de 2007. “A indústria tem ligado as máquinas
mais cedo em São Paulo e esse já é um
resultado muito favorável, já que em seguida
outras regiões devem começar a mostrar maior
absorção de mão-de-obra”, afirmou
Azeredo.
Jacqueline Farid
O Estado de S.Paulo
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