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Abandonado
desde a década de 80, o antigo esqueleto do prédio
da Eletropaulo, localizado na avenida Juscelino Kubitschek
(zona sul de São Paulo), foi vendido ao grupo do banco
espanhol Santander por R$ 1,06 bilhão. O edifício
ganha cara nova transformando-se em um complexo que terá
um hotel cinco-estrelas, outra torre de escritórios,
um heliponto e um shopping, que se integrará com a
butique Daslu.
Já a esquina mais famosa
da cidade, que fica no cruzamento das avenidas Ipiranga e
São João passou por uma reforma de R$ 1,5 milhão
para dar vida a Esquina da MPB. O bar será inaugurado
dia 24, sendo uma nova ala do tradicional Bar Brahma.
Leia mais detalhes:
Santander paga R$ 1 bilhão
por prédio da Eletropaulo
Um dos maiores micos do mercado
imobiliário brasileiro, o antigo esqueleto da Eletropaulo
na avenida Juscelino Kubitschek (zona sul de São Paulo)
será a nova sede no país do banco espanhol Santander
a partir de 2009, quando já tiver integrado as operações
do banco Real, comprado no ano passado. Pelo prédio,
o grupo espanhol pagará R$ 1,06 bilhão para
a construtora W/Torre.
O edifício tem 28 andares e
ficará num complexo que terá um hotel cinco-estrelas,
outra torre de escritórios, um heliponto e um shopping,
que se integrará com a butique Daslu.
Construído pela W/Torre, uma
das primeiras a investir no boom imobiliário da região,
o complexo fica ao lado da ponte Cidade Jardim, na marginal
Pinheiros, um dos endereços mais caros da cidade.
Segundo o Santander, trata-se do maior
complexo comercial do país. O edifício terá
uma certificação de "prédio verde",
que respeita a natureza a partir de projetos de uso eficiente
de água, energia e exposição solar.
Segundo o consultor Luiz Paulo Pompéia,
da Embraesp, o Santander pagou um preço alto, porém,
"razoável" pelo prédio, devido à
localização, ao tamanho e à sofisticação
do empreendimento. O prédio sai por cerca de R$ 13
mil o metro quadrado. "É um valor bastante razoável
para a região, que é uma das mais caras da cidade.
O prédio será um AAA [de melhor qualidade no
mercado]. É muito difícil conseguir uma área
tão grande hoje em São Paulo."
Em meados dos anos 80, a Eletropaulo
decidiu fazer sua sede no terreno ao lado da ponte Cidade
Jardim, mas esbarrou em inúmeras dificuldades. Com
a previsão de construir duas torres e mais um shopping,
o empreendimento tinha um porte correspondente ao dobro do
permitido à época, o que obrigava a Eletropaulo
a investir em projetos de desfavelização. Devido
à qualidade do solo, o prédio demandava reforço
extra em suas fundações, o que também
encarecia o projeto. O preço acabou inviabilizando
a obra, tocada pela Andrade Gutierrez.
Com a privatização da
Eletropaulo, em 1998, os novos donos colocaram o prédio
em leilão diversas vezes até que o português
banco Espírito Santo o comprou por pouco mais de R$
140 milhões. Apenas em 2006, os portugueses venderam
o espaço por cerca de R$ 350 milhões para a
W/Torre.
Toni Sciarretta
Folha Online
Após
60 anos, Bar Brahma está na esquina da Ipiranga e São
João
Nova ala voltada para músicos jovens abre no dia
24 com ambiente moderno e computadores
Sempre se falou que o Bar Brahma ficava
no cruzamento das Avenidas Ipiranga e São João,
certo? Não exatamente, pode dizer alguém mais
rigoroso. A entrada do bar, que está completando 60
anos em 2008, fica a uns cinco metros dali, na São
João. A do Brahminha é na Ipiranga, também
perto, mas não bem no encontro das vias. Só
que essa história vai mudar no próximo dia 24,
quando será inaugurado o Esquina da MPB, nova ala do
Brahma, que ficará bem na quina da esquina mais famosa
da cidade e da música brasileira.
A nova ala do bar irá funcionar
em um prédio de dois andares com vista para as duas
avenidas. Em contraste com a mobília de madeira e o
tradicionalismo da casa original, o novo ambiente terá
um aspecto moderno, com televisores de plasma e computadores
espalhados pelo espaço. A idéia é criar
um ambiente de interatividade, em que os usuários possam
ouvir determinado artista, pesquisar material sobre ele nos
computadores e comprar downloads de suas músicas. No
espaço, também haverá um café
e um memorial da música brasileira.
Tanto do térreo como no segundo
andar, será possível visualizar o pequeno palco,
desenvolvido dessa forma para criar um ambiente mais intimista.
Atrás dele, haverá uma cortina de veludo, onde
pequenas luzes simbolizarão a garoa paulistana.
Enquanto do lado tradicional estarão
Jair Rodrigues, Demônios da Garoa e Cauby Peixoto, o
palco da ala a ser inaugurada abrigará músicos
da nova geração.
As apresentações na
nova casa começarão às 20 horas, com
pocket shows, espaço para artistas em início
de carreira. Depois, subirão ao palco músicos
que representam a nova leva da música brasileira e,
em dias especiais, nomes consagrados. Na semana de inauguração,
irão se apresentar Vital Farias (terça-feira),
Fernanda Takai (quarta), Nei Lopes (quinta), Luiz Carlos da
Vila e T. Kaçúla (sexta) e Hermeto Paschoal
(sábado). O couvert artístico é de R$
20.
O projeto da Esquina da MPB também
prevê no segundo semestre a construção
de uma calçada da fama. Nela estarão blocos
com nomes, imagens e as marcas das mãos dos artistas.
Ainda não existe uma lista prévia, mas Alvaro
Aoas, um dos sócios do Bar Brahma, adianta os que considera
indispensáveis. 'Tem de ter Caetano, Toquinho, Jair
Rodrigues.' Também nesse espaço, serão
realizados nas manhãs de domingo shows ao ar livre
com os músicos que mais se destacaram durante a semana.
Na construção do Esquina
da MPB foram gastos R$ 1,5 milhão. Segundo Aoas, o
principal objetivo do empreendimento é resgatar o charme
da esquina imortalizada em Sampa, de Caetano Veloso. ' Se
quiséssemos só faturar, simplesmente ampliaríamos
o Brahma, porque temos demanda para isso. Nós queremos
é dar um aspecto totalmente musical a ela, para as
pessoas não chegarem aqui e simplesmente tirarem uma
foto das placas da rua .'
Renato Machado
O Estado de S.Paulo
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