Espaço
vai funcionar no Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste.
Visitantes conhecerão história do esporte que
virou arte no Brasil.
A partir desta segunda-feira (29), São Paulo ganha
um museu totalmente dedicado à grande paixão
nacional. O Museu do Futebol passará a funcionar no
Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo.
A inauguração desta
segunda será um evento fechado para autoridades e imprensa.
Para o público, o local será aberto nesta quarta-feira
(1º).
Classificado como museu de terceira
geração, o espaço combina diversas mídias
para contar como o Brasil transformou o futebol.
Pelé virtual recebe visitantes (Foto: Daigo Oliva/G1)
“Este não é um
museu que olha o futebol dentro das quatro linhas do campo.
Ele vai mostrar a história de uma grande conquista
do Brasil para o mundo”, disse Hugo Barreto, secretário-geral
da Fundação Roberto Marinho, responsável
pela concepção e realização do
museu.
A idéia do projeto, criado
pelo arquiteto Mauro Munhoz, com museografia de Daniela Thomas
e Felipe Tassara, é fazer com que o visitante “viva”
o futebol brasileiro por meio de três eixos: emoção,
história e diversão, distribuídos em
uma área de 6,9 mil metros quadrados.
Logo na entrada, as paredes do saguão
são decoradas com dezenas de quadros com fotos de objetos
pessoais de torcedores e pessoas diretamente ligadas ao futebol.
A técnica utilizada para fotografar e imprimir as imagens
dá a impressão de 3D. Em seguida, ao subir para
o primeiro andar, o visitante é recebido por uma imagem
de Pelé que dá as boas-vindas em três
idiomas.
O espaço seguinte é chamado de Grande Área,
onde o museu procura mostrar a poesia do futebol em uma curta
sucessão de imagens em vídeo de pés jogando
bola. “Como algo trazido pelo inglês branco de
elite, se transformou em algo do povo pobre e mestiço
brasileiro. O futebol arte”, argumenta Barreto.
Rádio e TV
Mais à frente, em outra sala, pode-se escolher
escutar uma entre várias narrações de
gols por grandes locutores esportivos nacionais, desde Ary
Barroso. Ou, se o visitante preferir, ver alguma pessoa famosa
falar sobre o gol que mais a emocionou.
Também fazem parte do “acervo”
do museu outros recursos como áudio de gritos de torcida,
jogos de futebol com bolas interativas, espaços para
cobrança virtual de pênaltis e até um
equipamento que irá mostrar como funcionam os músculos
e toda a parte interna do corpo de um jogador – no caso,
Ronaldinho Gaúcho.
Silêncio e luz
Contando a história do futebol em paralelo
com a história do país de forma linear, uma
das passagens que prometem encantar o torcedor é a
da sala da Copa de 50 - onde o torcedor poderá escutar
o “silêncio da derrota" - para a Sala das
Copas, com vários totens em forma de taça com
fotos do futebol e do Brasil - um para cada copa conquistada
pela seleção canarinha.
O museu inclui ainda uma loja de suvenir,
o café “O torcedor” e a Sala de Exposições
Temporárias Osmar Santos que, na inauguração
do museu, contará com uma parte do acervo pessoal de
Pelé. As exposições temporárias
neste ambiente devem durar em média três meses.
Acessibilidade
O museu será ainda o primeiro do país com programa
especialmente desenvolvido para portadores de deficiência.
“Não são apenas rampas e elevadores. Vamos
ter espaços em que o portador de deficiência
vai poder realmente ter uma síntese do que é
o museu”, afirmou Barreto.
Para os deficientes visuais, por exemplo,
as salas contarão com piso “podotátil”,
semelhante ao da calçada da Avenida Paulista após
a reforma. Já na sala com as bolas de futebol gigantes,
haverá uma diferenciação de temperatura
quando o visitante estiver dentro da bola. Além disso,
os ambientes terão guias de áudio escritos por
deficientes visuais. Todo o trabalho de acessibilidade foi
desenvolvido por uma equipe de 12 profissionais.
O museu foi orçado em R$ 37,5
milhões.
Serviço:
Museu do Futebol
Local: Estádio do Pacaembu, na Zona
Oeste
Funcionamento: de terça a domingo,
das 10h às 18h, exceto dias de jogo (a agenda de jogos
ficará disponível no site do museu)
Preço: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (para
estudante).
Público não pagante: crianças
até 7 anos e estudantes de escolas públicas
municipais e estaduais mediante visitas agendadas.
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