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Queda
ocorreu em todas as regiões do Estado; em relação
ao 1.º trimestre, roubos aumentaram 5,4%
O número de homicídios no Estado de São
Paulo caiu 16,8% no segundo trimestre deste ano, em comparação
com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram
registrados 1.047 casos em 2008 e 1.259 em 2007. A queda revela
a continuação da tendência de diminuição
desse tipo de crime, iniciada em 1999, quando bandidos matavam
mais de 3 mil pessoas por trimestre no Estado.
Os dados sobre a criminalidade foram
divulgados ontem pelo Diário Oficial do Estado. Quando
a comparação é feita com o número
de casos do primeiro trimestre (1.136), a queda ficou em 7,8%
no Estado. A cada três meses, a Secretaria da Segurança
Pública é obrigada a divulgar os números
da criminalidade no Estado.
Os números mostram que a queda
dos homicídios ocorreu em todas as regiões do
Estado. Em relação ao primeiro trimestre do
ano, a diminuição na capital ficou em 6,7%,
no interior foi de 11,9% e nos demais municípios da
Grande São Paulo, ficou em 3,2%.
Na capital, ocorreram 304 homicídios.
Pela segunda vez consecutiva, a soma dos assassinatos nos
demais municípios da região metropolitana (329)
superou o total da capital. O fenômeno mostra que a
redução desse tipo de delito tem sido mais intensa
na cidade de São Paulo do que em suas vizinhas.
A confirmação da manutenção
na queda dos índices de homicídios no Estado
foi comemorada pela secretaria, que vê o fato como uma
das principais conquistas obtidas na área. Ao longo
dos anos, a redução já chegou a quase
70%, em relação ao que era registrado na década
de 90, e foi acompanhada pela queda também dos casos
de chacinas, que chegaram a quase cem por ano na região
metropolitana de São Paulo e hoje não passam
de 20.
Em relação ao primeiro
trimestre, houve aumento de 5,4% dos casos de roubos no Estado.
Ao todo, foram registrados 58.051 casos, o maior número
registrado para um segundo trimestre desde 2003 (64.282),
quando foi registrado o recorde desse tipo de crime desde
que a estatística de criminalidade trimestral foi inaugurada,
em 1996. Desse total de roubos, 29.316 ocorreram na capital
e 11.928 nas demais cidades da Grande São Paulo, regiões
responsáveis pelo crescimento do crime.
Marcelo Godoy
O Estado de S.Paulo
Desemprego na Grande SP é
o menor desde 96
Taxa calculada pelo Dieese/Seade
recuou de 14,1% no mês de maio para 13,9%
em junho
A taxa de desemprego na região metropolitana de São
Paulo caiu de 14,1% em maio para 13,9% em junho, segundo pesquisa
divulgada ontem pela Fundação Seade e o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED).
É a menor taxa para um mês de junho desde 1996.
O contingente de desempregados teve
redução de 21 mil pessoas de maio para junho
e foi estimado em 1,460 milhão de trabalhadores. Esse
resultado reflete as oscilações no contingente
de ocupados (acréscimo de 16 mil) e na População
Economicamente Ativa (PEA), que apresentou redução
de 5 mil pessoas no período.
Em junho, houve redução
no desemprego nos três domínios geográficos
para os quais os indicadores da PED são calculados.
No município de São Paulo, a taxa cedeu de 13%
para 12,7%; no ABC a queda foi de 12,2%, para 12%; e nos demais
municípios da região, de 15,6% para 15,5%. Em
junho de 2007, as taxas eram de 13,4%, 14,3% e 17%, respectivamente.
Em relação a junho de 2007, o desemprego total
caiu de 14,9% para 13,9%, equivalente a 55 mil pessoas.
Outras regiões
Considerando as seis regiões metropolitanas pesquisadas
pelo Dieese/Seade, o desemprego total caiu de 14,8% em maio
para 14,6% em junho . O contingente de desempregados no conjunto
das seis regiões foi estimado em 2,899 milhões
de pessoas em junho, 50 mil a menos que no levantamento anterior.
No Distrito Federal o desemprego passou
de 17,4% em maio para 16,9% em junho; em Belo Horizonte; de
10,7% para 9,9%; em Porto Alegre, de 12,2% para 11,9% e em
Salvador, de 20,8% para 20,6%. Em Recife, houve aumento de
20,5% para 20,6%.
Rendimento sobe
O rendimento médio real dos ocupados e assalariados
na região metropolitana de São Paulo apresentou
alta de 0,3% de abril para maio, também segundo a pesquisa
Dieese/Seade. O rendimento médio dos ocupados - pessoas
que nos sete dias anteriores à pesquisa tinham trabalho
remunerado regular ou irregular ou não remunerado em
negócios de parentes, sem procurar por outro emprego
- correspondia a R$ 1.222,00, enquanto o dos assalariados
estava em R$ 1.301,00 em maio.
A massa de rendimento dos ocupados
cresceu 0,8% no período, em razão das variações
positivas do nível de ocupação e do rendimento
médio. Já a massa dos assalariados apresentou
leve queda (0,2%), resultado de pequenas oscilações
divergentes do nível de emprego (negativa) e do salário
médio (positiva). Entre maio de 2007 e de 2008 o rendimento
médio real dos ocupados subiu 2,1% e dos assalariados,
2,3%.
A massa de rendimentos dos primeiro
aumentou 8,5% e a dos últimos, 11,8%. Nos dois casos
esse crescimento refletiu principalmente a expansão
do nível dos ocupados.
No conjunto das seis regiões
metropolitanas, a renda cresceu 0,8%, passando para R$ 1.151
(ocupados) e R$ 1.241 (assalariados). A renda dos ocupados
cresceu 4% em Belo Horizonte (R$ 1.075), 2,8% em Porto Alegre
(R$ 1.097), 2,7% em Salvador (R$ 930). Em São Paulo,
a renda subiu 0,3% (R$ 1.222). Em Recife, caiu 4,5% (R$ 707)
e no Distrito Federal, 1,2% (R$ 1.645).
Célia Froufe
O Estado de S.Paulo
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