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Primeiro,
o presidente Lula anunciou, para a surpresa de todos, o espetáculo
do crescimento. Depois, decretou o fim do período das
vacas magras,que é a versão bíblica do
tal espetáculo que não veio.
Como morei 13 anos em Brasília,
sempre como repórter político, sou obrigado
a perguntar se Lula não está contraindo o vírus
que ataca governantes em Brasília.
O vírus prospera em palácios:
sempre cercado de assessores e bajuladores, o presidente e
seus ministros, respirando aquele ar viciado de Corte, acabam
vendo o país pela ótica palaciana, distanciando-se
da realidade.
Objetivamente, não há
possibilidade de, pelo menos nos próximos dois anos,
o país crescer tão rapidamente a ponto de reduzir
substancialmente o desemprego, sua principal promessa de campanha.
Portanto, o presidente está
enganando. Ou, o que é pior, contaminado pelo vírus,
está se enganando.
Coluna
originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.
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