O professor Francisco de Abreu Matos
herdou o amor pelas plantas. Filho, neto e bisneto de farmacêuticos,
ele aprendeu que folhas e raízes podem curar.
“Cerca de 80% da população
nordestina faz o uso da planta medicinal para curar seus males
e suas doenças porque não tem dinheiro para
comprar remédio”, explicou Matos.
Ele se aposentou há 24 anos,
mas nunca quis ficar em casa. Aos 80 anos, continua entre
as plantas e os alunos.
“O fato de você sentar
com ele no meio das plantas, ele está te dando uma
aula. Não perde, conversar com o doutor Matos é
sempre um aprendizado”, disse a química Leopoldina
Veras.
Há alguns anos, depois de já
ter decidido que não pararia por causa da aposentadoria,
o professor chegou à conclusão que só
continuar ainda era pouco. Ele decidiu começar. Criou
um projeto chamado Farmácias Vivas para colocar 79
anos de conhecimento a serviço da população.
“Eu me senti como um grande
devedor visto que estudei em escola pública, depois
entrei para a universidade pública e depois fiz concurso
para a universidade pública. Então, resolvi
exatamente pagar a dívida distribuindo esse conhecimento”,
justificou Matos.
Na universidade onde estudou e trabalhou,
hoje ele ensina a transformar plantas em remédios.
O trabalho voluntário e tudo é distribuído
para a população dos bairros pobres de Fortaleza.
Mais de 500 mil pessoas são beneficiadas, inclusive
ele que usa o trabalho para manter a saúde física
e mental.
“Quando a gente é menino
e aprende a andar de bicicleta, a gente sabe que se parar
cai. A gente tem de manter a mente ativa, o corpo ativo e
fazer algo de útil”, concluiu Matos.
As informações são
do site Globo.com.
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