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Marina Rosenfeld
Vanessa Sayuri Nakasato
A Cidade
Escola Aprendiz, organização não-governamental
fundada pelo jornalista Gilberto Dimenstein, foi premiada
na noite de ontem, em São Paulo, como destaque do V
Prêmio Itaú-Unicef – Educação
& Participação: Muitos Lugares para Aprender.
O evento, que acontece a cada dois
anos, tem como objetivo identificar e valorizar projetos desenvolvidos
por organizações da sociedade civil que oferecem
atividades complementares à escola pública,
para crianças e jovens de 7 a 18 anos.
Realizado em parceria pela Fundação
Itaú Social, Unicef e pelo Centro de Estudos e Pesquisas
em Educação, Cultura e Ação Comunitária
(Cenpec), o Prêmio recebeu, este ano, 1.834 projetos
de 27 estados brasileiros. Desses, foram selecionados 150
semifinalistas e 30 finalistas.
Os trabalhos foram examinados por
uma Comissão Julgadora que escolheu 11 premiados e
indicou 10 menções honrosas. Fizeram parte do
júri o bibliófilo José Mindlin, o secretário
estadual da Educação, Gabriel Chalita e a presidente
do Cenpec, Maria Alice Setubal.
Antes da premiação nacional, pela primeira vez,
o evento prestou homenagens regionais. Segundo o diretor presidente
do Banco Itaú e presidente da Fundação
Itaú Social, Roberto Egydio Sebutal, isso possibilitou
premiar projetos com identidade e culturas locais das diferentes
regiões do país.
“Os heróis que lutam
todos os dias para fazer o Brasil menos injusto não
podem ficar anônimos. Tem de ser identificados, divulgados,
apoiados e premiados. Os projetos merecem a oportunidade de
crescer e servir de referência para outras iniciativas”,
ressaltou Setubal.
O projeto Grãos de Luz e Griô,
da ONG Associação Grãos de Luz, da cidade
de Lençóis, na Bahia, foi o grande vencedor
da noite, levando para casa a quantia de R$ 100 mil. O segundo
lugar ficou para o projeto Poty-Reñoi, do programa
Kaiowa/ Guarani, de Caarapó, em Mato Grosso do Sul.
E o terceiro, para o projeto Formação de Agentes
de Desenvolvimento Local, desenvolvido pelo Serviço
de Tecnologia Alternativo (SERTA), de Glória do Goitá,
em Pernambuco.
Outra novidade do evento foi o prêmio
especial São Paulo, entregue à ONG Associação
Barracões Culturais da Cidadania (ABCC) pelo projeto
Barracões Culturais da Cidadania.
Para a representante da Unicef no
Brasil, Reiko Niimi, as desigualdades de oportunidades educacionais
continuam sendo importantes fatores de exclusão. E
para combatê-las, não pode-se abrir mão
da contribuição de toda a comunidade, educadores,
gestores, parceiros locais públicos e privados. “Ficamos
orgulhosos pelo progresso que tem sido feito nesse país”,
enfatizou.
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