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A pressão de uma comunidade
da zona leste de São Paulo para conquistar melhorias
para o bairro deu resultado. Os moradores do antigo Buraco
Tatu, hoje uma área urbanizada no Jardim Grimaldi,
ganharam agora uma área de lazer. O nome não
podia ser mais apropriado: Vitória.
Hoje tem rua asfaltada, tem árvore, mas já foi
muito diferente. “Nossas casas estavam à beira
do abismo, para cair no buraco”, conta Hilda de Souza,
aposentada.
O Buraco do Tatu já foi uma favela onde viviam 180
famílias no meio da sujeira com um córrego poluído
e cheio de ratos e onde os barracos desmoronavam com as chuvas.
Quando a favela foi transferida ficou uma imensa cratera de
4.000 metros quadrados que virou depósito de lixo.
Em maio de 1998 os moradores já cobravam uma solução
das autoridades.
O visual mudou completamente. O buraco foi aterrado em 98
com mais de cem caminhões de material. Depois, em 2003,
foi feita a canalização do córrego que
atravessa o bairro. Para completar a Secretaria do Verde fez
o paisagismo da área.
Hoje não existe mais o Buraco do Tatu. No lugar dele
a comunidade construiu, junto com a prefeitura, a tão
sonhada área de lazer, que vai se chamar Praça
Vitória. Tudo muito bem cuidado pelo seu João
Souza, que foi roceiro e operário e agora é
o jardineiro da praça. “Quando eu morrer meu
neto pode falar que fui eu que plantei. Não vou ser
esquecido nunca”, diz ele, orgulhoso.
A pracinha também tem bancos para descansar e um pequeno
playground feito pela prefeitura para as crianças brincarem.
“Ele ficava em casa com a vizinha. E não é
a mesma coisa. Aqui tem parquinho”, elogia Lucineide
Teixeira, dona de casa. “Agora dá para brincar
bastante”, comemora Vinícius, 10 anos.
A praça, que antes era escura, recebeu postes de iluminação
para clarear o caminho de casa. Agora ninguém mais
tem medo de passar por ela de noite. “Com a batalha
comunitária nós conseguimos melhorar o bairro.
Para tudo que você quer nós temos que batalhar”,
afirma José Venâncio, morador. “Nós
lutamos muitos anos para termos essa área de lazer.
Nós moradores, temos a obrigação de cuidar
dessa praça como se estivéssemos cuidando da
nossa casa”, resume Rosângela Bezerra, jornalista.
A iluminação nas ruas do bairro também
contribuiu para aumentar a segurança dos 1.200 alunos
de uma escola que existe perto do local.
As informações
são do site Globo.com.
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